Rombo de R$ 10 mi pode justificar queda definitiva do presidente do Vitória
Um relatório finalizado pelo Conselho Fiscal do Vitória no mês de agosto e publicado no site do clube na última segunda-feira (23) pode acabar de vez com as chances de Ivã de Almeida, presidente afastado, retomar o cargo.
Segundo o documento, o Vitória deve encerrar 2017 com rombo de aproximadamente R$ 12 milhões nas contas, ante o previsto no orçamento definido no fim do ano passado. Desse montante, mais de R$ 10 mi foram gastos no primeiro semestre, ainda sob gestão de Ivã de Almeida, que pediu licença de 90 dias do cargo em julho e renovou-o recentemente.
Segundo o parecer do Conselho Fiscal, só com salários de jogadores, o Vitória gastou mais de R$ 5 milhões acima do previsto. Cerca de R$ 17 mi foram orçados, mas o clube tirou R$ 22 mi dos cofres neste quesito. O restante do rombo no primeiro semestre resulta de despesas recorrentes e com departamento de futebol.
O documento destaca que, segundo o estatuto, o presidente do Vitória só pode exceder o valor previsto caso solicite complementação orçamentária - o que não teria sido feito por Ivã.
O relatório também aponta que o presidente pediu adiantamento de salários do segundo semestre e não restituiu os valores em sua totalidade, e fechou contratos sem licitação.
Todos estes elementos apenas reforçam o isolamento político de Ivã, que ficou apenas seis meses no cargo, e poderiam complicá-lo na já difícil missão de retomar o posto.
Para piorar a situação de Ivã, após sua saída, o clima político foi amenizado e o rendimento do time, à época vice-lanterna, melhorou. Desde então, o clube é comandado pelo vice-presidente Agenor Gordilho.
No dia 4 de dezembro, está marcada uma assembleia geral no Vitória que pode destituir Ivã de Almeida definitivamente do cargo e convocar novas eleições no clube. Segundo conselheiros ouvidos pelo UOL Esporte, é o mais provável que aconteça.
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