Andrés sofre com esvaziamento de chapa a 3 meses de eleição no Corinthians
Andrés Sanchez ainda não confirmou a sua candidatura à presidência do Corinthians, mas a Renovação e Transparência, liderada pelo ex-mandatário, sofre com o esvaziamento de membros. Na última segunda-feira à noite, uma reunião de ex-aliados, agora à frente da chapa Corinthians Grande, ajudou nesse processo.
Ex-diretor dos tempos de Andrés, Felipe Ezabella foi apontado como candidato do grupo para o pleito de 3 de fevereiro de 2018. Com a escolha do nome, o grupo selou, dessa forma, a debandada de nomes importantes do grupo político do ex-presidente. Da diretoria corintiana de 2009, montada após as eleições no começo daquele ano, quatro integrantes migraram para a nova chapa.
São eles: Raul Correa, ex-diretor de Finanças, Fernando Alba, diretor nas administrações de Andrés e Mário Gobbi, Sérgio Alvarenga, diretor jurídico de Sanchez e assessor de Gobbi, e Felipe Ezabella, responsável pelos esportes terrestres na era Andrés. Todos eles integravam a Renovação e Transparência.
De acordo com pessoas ligadas à política do clube, Andrés terá dificuldades nesse novo cenário, pois nomes que permaneceram, como o atual vice-presidente, André Negão, e o conselheiro Mané da Carne, têm um perfil diferente dos quatro que migraram para o novo grupo. A maioria dos que restaram é vista mais como uma importante militância do que como bom quadro administrativo.
O deputado federal (PT-SP), porém, espera ainda contar com Luis Paulo Rosenberg, homem forte do marketing na sua gestão. Vale lembrar que o ex-diretor rompeu com o grupo Renovação e Transparência e até a se desligou do Conselho Deliberativo e do quadro de sócios.
No começo desse ano, Andrés chegou a sugerir ao atual presidente Roberto de Andrade o retorno de Rosenberg ao comando do marketing e da Arena Corinthians, mas não obteve sucesso. Agora, a três meses da eleição, segundo apuração do UOL Esporte, Andrés espera contar com antigo aliado.
Não acabou
Há exato um ano, Andrés Sanchez disse, em entrevista ao Mesa Redonda, que seu grupo político havia chegado ao fim. A declaração foi dada em meio a uma divergência com Roberto de Andrade.
"Não estou brigado com o Roberto, mas a Renovação e Transparência, que é o grupo em que nós estamos desde 2006, acabou. Não tem mais Renovação e Transparência. Existem hoje outros grupos, novos líderes, novas pessoas", explicou o ex-presidente na ocasião.
Agora, a três meses da eleição e provável candidato da chapa, Andrés voltou atrás. Em contato com a reportagem, o ex-dirigente disse que a Renovação e Transparência se mantém firme. "Não sou o único da renovação e transparência e o grupo não quis o fim. Então continua forte", disse Andrés, que chegou a aparecer na capa de um material de campanha do grupo na semana passada.
Andrés deixou o Corinthians no fim de 2011, depois de mais de quatro anos à frente do clube. Depois da saída, Mário Gobbi e Roberto de Andrade, ambos da situação, assumiram o posto.
O pleito já tem outros nomes confirmados: além de Ezabella, Romeu Tuma Júnior, homem forte do futebol entre 1994 e 1995. Antônio Roque Citadini, derrotado por Roberto em 2015, e Osmar Stábile, dirigente na gestão Alberto Dualib, devem se juntar a lançar candidatura única.
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