Árbitro relata cabeçada, pedrada e xingamentos em súmula de clássico de PE
Além da derrota por 3 a 2 para o Náutico, o clássico pernambucano do último sábado ainda deve render mais problemas para o Santa Cruz. Isso porque o árbitro Thiago Duarte Peixoto relatou na súmula da partida episódios de agressões físicas e verbais por parte de um jogador, membros da comissão técnica e torcedores corais do Arruda.
Quem está com a situação mais complicada é o veterano meia Derley, que foi expulso por reclamação, revoltou-se e desferiu uma cabeçada contra o juiz. Ele deve ser denunciado e pode pegar um gancho pesado.
O fato foi assim retratado na súmula: “expulso por, com a partida paralisada para a cobrança de um tiro de meta, vir em minha direção e dizer as seguintes palavras ‘car** , você deu o pênalti lá e não vai dar aqui, seu vagabundo f** da puta’. Após ser expulso, o mesmo veio em minha direção e desferiu uma cabeçada que acertou meu olho direito. Após o ocorrido, o mesmo foi contido pelos jogadores de sua equipe, adversários e policiamento”.
Derley não foi o único a ofender o árbitro. Thiago Duarte Peixoto relatou na súmula que expulsou Antonio Carlos Ribeiro Júnior, auxiliar-técnico do Santa Cruz, aos 51 minutos do segundo tempo por ele ter batido palmas para um de seus assistentes e dito “de forma acintosa as seguintes palavras: ‘parabéns agora vocês conseguiram o que queriam, arbitragem safada’".
O juiz disse que também expulsou o preparador de goleiros dos donos da casa, João Paulo Gomes Lacerda, por ofensas que foram relatadas pelo assistente: "bando de ladrão , f** da puta , vão se f**".
Para completar, Thiago Duarte Peixoto (que no primeiro semestre ficou marcado por ter expulsado equivocadamente o corintiano Gabriel no clássico contra o Palmeiras) apontou na súmula que uma pedra foi arremessada das arquibancadas em direção aos policiais no momento da confusão que sucedeu a expulsão de Derley.
Além disso, segundo o árbitro, outro torcedor da equipe da casa chutou e arrombou a porta do vestiário da arbitragem após a partida e foi contido por policiais. Os dois incidentes podem fazer o Santa perder mandos de campo em caso de denúncia.
Thiago Duarte Peixoto ainda afirma que “não foi possível preenchimento da súmula eletrônica e entrega da comunicação de penalidades no estádio, pois fui orientado pelo delegado da partida e pelo policiamento que por motivos de segurança deveríamos preencher a súmula em outro local”.
A polêmica
Neste sábado, enquanto o jogo das duas equipes de Pernambuco estava 2 a 2, aos 45 minutos da etapa final, o juiz sinalizou uma falta do goleiro Julio César, do tricolor pernambucano, no atacante William dentro da área.
A marcação da infração revoltou os jogadores do Santa Cruz, que reclamaram muito, e a partida foi paralisada. O pênalti só foi batido aos 49 minutos. William converteu e tirou a igualdade do placar, fazendo 3 a 2 para os alvirrubros.
Após a cobrança, Peixoto concedeu ainda mais tempo aos acréscimos na partida. Na saída de bola, o Santa Cruz, então, foi ao ataque. Augusto foi derrubado na área do Náutico, mas o árbitro, dessa vez, não marcou o pênalti.
A decisão do juiz revoltou os jogadores da equipe tricolor. O meia Derley avançou contra o juiz, foi expulso logo depois e chegou a lhe aplicar uma cabeçada. A partida voltou a ficar paralisada e retornou com mais dois minutos adicionais, antes da vitória do Náutico ser confirmada.
O resultado manteve os dois times afundados na zona de rebaixamento à Série C – os donos da casa chegaram a 31 pontos, um a menos que o Santa. O CRB, primeiro fora da degola, soma 39.
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