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Zagueiro do Brasil sub-17 "dribla" lei da Fifa por sonho de escola italiana

Rodrigo Guth (esq.) comemora gol na seleção ao lado de Yuri - Fifa/Getty Images
Rodrigo Guth (esq.) comemora gol na seleção ao lado de Yuri Imagem: Fifa/Getty Images

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

17/11/2017 04h00

Rodrigo Guth foi o primeiro jogador menor de idade que se transferiu para o exterior mesmo antes de completar 18 anos após a nova lei da Fifa. O zagueiro da seleção brasileira sub-17 deixou o país em agosto como uma das transações mais caras da base do Coritiba rumo à Atalanta. Tudo para viver o sonho de se formar na escola italiana.

Diz a regulamentação para jogadores de futebol que um atleta só pode ir para o exterior após ser maior de idade. Guth conseguiu “driblar” isso por já ter passaporte alemão. Com o feito, ele se tornou o único do time sub-17 que já tem no currículo uma passagem pela Europa.

Sua saída foi cercada de cobranças à diretoria da época pelo fato de um atleta com potencial ser vendido por um preço considerado baixo por parte do clube: R$ 2,8 milhões.

“Acho que todo jogador tem o sonho de jogar na Europa, comigo aconteceu mais cedo. E ainda tem o fato de a Itália ser reconhecida defensivamente, a escola de zagueiros aqui é muito boa, e isso também pesou para minha vinda”, explicou Guth.

“A Atalanta é considerado um clube top 3 nas categorias de base dos italianos e eles me apresentaram um plano de carreira muito bom”, completou. Nesta semana, Guth recebeu uma chance para treinar entre os profissionais do clube, mas seu dia a dia é sempre vivido nas categorias de base. Por ser mais difícil ter os jogos acompanhados diretamente do Brasil, ele e seu empresário mantêm contato direto com membros da comissão técnica da seleção.

No Mundial sub-17, disputado há menos de um mês, ele entrou em campo em duas ocasiões. O Brasil terminou com a 3ª colocação. “Eles sempre estão conversando comigo e meu empresário tem um contato muito bom com o pessoal do Atalanta. Por isso, essa troca de informação sempre acontece. O acompanhamento existe e acho que é um monitoramento necessário”, revelou.

Guth não descarta voltar ao Brasil em um futuro, mas diz que viver o sonho europeu tem sido bastante agradável. "Sempre gostei da cozinha daqui e o frio não me afeta tanto. Só fica ruim para treinar alguns dias", disse o zagueiro.