Geração de 82 se reúne em grupo de WhatsApp com "regras": sem mulher pelada
O prêmio Bola de Prata, da emissora ESPN, homenageou neste ano os jogadores que disputaram a Copa do Mundo de 1982. Mais do que o aniversário de 35 anos daquela equipe histórica que parou na Itália de Paolo Rossi, o reencontro na cerimônia despertou a oportunidade dos agora ex-atletas se reunirem novamente; agora, de maneira definitiva. Um grupo de WhatsApp foi criado para relembrar histórias, compartilhar histórias e vivências.
Quem revelou como a tecnologia mais moderna serviu para reunificar o passado foi Juninho Fonseca. Em entrevista exclusiva concedida ao UOL Esporte, o ex-defensor, dono da camisa utilizada por Paolo Rossi na vitória italiana por 3 a 2 que decretou a eliminação brasileira, contou que a iniciativa aos poucos começa a juntar novamente o grupo do Mundial da Espanha.
"Estou de administrador. Estamos começando a receber todo mundo e reintegrar o grupo. O Serginho [Chulapa] vai se complicar com certeza, porque o celular que ele tem é impossível de ter o WhatsApp [risos]. Aquilo que ele mostrou para mim lá no Bola de Prata provavelmente é uma coisa que o Bill Gates e o Steve Jobs fizeram ainda quando estavam no Vale do Silício", brincou o camisa 14 do Brasil na Espanha.
O WhatsApp do Brasil de 1982 tem "regras". Nada de mensagens fofas de bom dia ou imagens impróprias para menores de idade - embora todos ali estejam bem acima dos 18 anos. Ali, o sentimento de nostalgia supera qualquer "onda" de memes, áudios engraçados ou correntes já tradicionais dos grupos.
"Não queremos este negócio aí de grupo de homem, que ficam mandando mulher pelada ou 'imagenzinha' de bom dia. Nossa ideia é manter o contato, compartilhar fotografias da nossa época, por exemplo", explicou Juninho Fonseca, antes de explicar o nascimento do grupo.
"O Paulo Sergio teve a ideia. Ele é um interlocutor um pouco mais velho, além de ser do Rio de Janeiro e ter proximidade, por exemplo, com o Roberto Dinamite, que é um gigante do esporte. O Zico, outra grandeza, entrou de cara, assim como o Junior. Já entraram e começaram a me chamar de 'maluco'. Até hoje me chamam assim", diverte-se Juninho.
Segundo o ex-zagueiro, o grupo está crescendo, embora "mais lento do que o imaginado". Juninho atribui esta evolução tardia à falta de habilidade com a nova tecnologia daqueles que tratavam tão bem a bola quando profissionais da seleção brasileira. Nomes como Edinho e Serginho Chulapa, dono do celular obsoleto do grupo, ainda não estão nesta reunião.
"Todo mundo tem um pedaço para contar daquela Copa do Mundo que o outro não sabe. É um grande quebra-cabeça. Por exemplo, relembrei a história de que eu fazia um 'Jornal Nacional' dentro da seleção. Fizemos três apresentações, a última lá na Espanha. Fizemos e até apareceu na Rede Globo", relembra um nostálgico Juninho, que, de 'apresentador' do telejornal da equipe virou o administrador do WhatsApp da seleção de 1982.
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