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Mais e mais. CR7 personaliza fúria do Real Madrid por títulos e recordes

Cristiano Ronaldo comemora com Marcelo o sexto título mundial do Real Madrid - REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
Cristiano Ronaldo comemora com Marcelo o sexto título mundial do Real Madrid Imagem: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

Luiza Oliveira e Marcello De Vico

Do UOL, em Abu Dhabi e Santos

18/12/2017 04h00

Real Madrid e Cristiano Ronaldo. Eles parecem ter sido feitos um para o outro. De um lado, o clube mais vitorioso do planeta e que carrega em si uma fúria por buscar cada vez mais títulos, seja ele qual for. Em 2017, o Real teve o melhor ano de sua história, com cinco conquistas: Mundial, Espanhol, Liga dos Campeões e as Supercopas da Espanha e da Europa. E CR7? Pois bem. Ele caminha junto ao time que defende desde 2009, quando foi contratado do Manchester United. Quebra, a cada jogo, a cada gol, um novo recorde. E aos 32 anos, com a mesma fúria do clube merengue, ainda parece estar longe de se acomodar. Não enquanto algum novo desafio estiver em jogo.

O Mundial de Clubes, disputado nesse mês de dezembro e encerrado neste sábado (16), com vitória por 1 a 0 do Real sobre o Grêmio na decisão, gol de Cristiano Ronaldo (que novidade!), representa bem o que são e em que momento estão o clube merengue e CR7. Fala-se muito que os times europeus não ligam tanto para o Mundial. E eram muitas as análises de que o Real Madrid não fazia um bom início de temporada (2017/18). Pode até ser. Mas quando há recordes e títulos em jogo, os dois parecem se transformar e buscar a vitória a qualquer custo.

Em campo, Cristiano Ronaldo é um show à parte. Não só pelo futebol, mas pela transparente obsessão em busca do gol e, consequentemente, da vitória. Na semifinal, o adversário era o modesto Al Jazira, mas foram necessários apenas nove minutos de jogo para CR7 socar a trave depois de uma chance perdida. Cobrou os companheiros, reclamou com o árbitro, tentou, tentou e, de tanto insistir, fez o que (quase) sempre consegue fazer: gol. Empatou o jogo com um chute seco de direita e ainda participou indiretamente do gol da virada, de Bale: 2 a 1.

Cristiano Ronaldo bate falta e abre o placar para o Real Madrid contra o Grêmio - REUTERS/Matthew Childs - REUTERS/Matthew Childs
Imagem: REUTERS/Matthew Childs
Na decisão, foi de Cristiano Ronaldo, mais uma vez, o gol do título do Real. Uma cobrança de falta que passou pelo meio da barreira e parou nas redes. Com o tento, a vitória e o título, mais dois recordes foram alcançados.

O português se igualou a Pelé como o maior artilheiro da história dos Mundiais de Clubes. O Rei do Futebol alcançou a marca em 1962 e 63, quando fez sete gols nas decisões contra Benfica e Milan, pelo Santos. A segunda marca foi tornar-se o maior vencedor do torneio ao lado de Toni  Kross, seu companheiro no Real Madrid. São quatro do português, sendo um pelo Manchester United (2008) e três pelo Real (2014, 2016 e 2017).

São mais dois na lista dos incontáveis recordes de Cristiano Ronaldo. E mais um título no currículo do também incansável Real Madrid, que permite ao craque português conquistar tudo o que ele sonha. CR7 pode até puxar a fila, mas não dá para dizer que o restante do elenco também não carrega consigo uma enorme dose de ambição. A frase dita por ele logo após o título, na zona mista, deixa isso claro: “O Madrid nunca ganhou cinco troféus do ano e o Zidane já havia nos alertado disso”. Ou seja. Foi o técnico quem colocou na cabeça dos jogadores a cobiça por mais uma marca histórica. E, certamente, isso foi mais um fator a motivar Ronaldo.

E não é só pelo Real Madrid que Cristiano Ronaldo age desta forma. Quem não se lembra do português, mesmo machucado, andando de um lado para o outro no banco de reservas de sua seleção na decisão da Eurocopa-2016, contra a França? Ele não estava mais em campo (saiu contundido ainda no primeiro tempo), mas ainda assim deu um jeito de ‘jogar’ e ajudar seus companheiros a conquistar o inédito título do torneio europeu. Obstinado por treino, o português não abusa fora de campo; leva uma vida de atleta e, segundo relatos, volta para a pré-temporada com o mesmo peso que seguiu para as férias. Nem uma grama a mais sequer.

Cristiano Ronaldo comemora com Casemiro o gol do Real Madrid sobre o Grêmio - REUTERS/Amr Abdallah Dalsh  - REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
Imagem: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

Dono de cinco bolas de ouro, maior artilheiro da história da Liga dos Campeões e da história do Real Madrid, Cristiano Ronaldo não se cansa de vencer. Maior campeão da Liga dos Campeões (12), do Mundial (6) e do Espanhol (33), o Real também não. Difícil saber quem puxa mais quem. Resta saber qual o limite de ambos. É continuar acompanhando... e aplaudindo.