Jogador mais rico do mundo é parente de sultão e "treina" com tigre em casa
Faiq Bolkiah tem 19 anos e uma vida de rei. Na verdade, de sobrinho de sultão. Mais especificamente do sultão de Brunei, Hassanal Bolkiah, dono de uma fortuna de quase 20 bilhões de dólares (quase R$ 70 bilhões aproximadamente). Financeiramente realizado pela hierarquia familiar, o jovem ainda divide a rotina de luxo com o sonho de se tornar uma estrela do futebol e tenta a carreira em uma grande liga; no caso, a mais prestigiada do mundo, a inglesa.
Nascido em Los Angeles e representante da seleção de Brunei, pela qual já atuou nove vezes e anotou um gol, o atacante atua nas categorias de base do Leicester e ostenta alguns hábitos surreais para quem sequer imagina ter a fortuna de sua família. Em casa brinca e “treina” futebol com Bru, seu tigre de estimação – sim, como Mike Tyson, ele tem um tigre em casa. Ao mesmo tempo, ignora a realidade completamente confortável no sudeste asiático para buscar o sonho do profissionalismo na Inglaterra.
"Jogo futebol desde muito jovem e sempre gostei de estar em campo e ter a bola nos meus pés", disse o jovem em rara entrevista reproduzida pelo tablóide The Sun.
A ostentação nas redes-sociais apenas expõe um histórico da própria família. Seu tio, o sultão Hassanal Bolkiah, possui uma coleção de 3.000 carros e pagou por um show particular de Michael Jackson na década de 1990 para comemorar o 50º aniversário. De acordo com a imprensa britânica, a apresentação básica do Rei do Pop neste aniversário custou quase 15 milhões de euros na cotação atual.
A riqueza familiar de Bolkiah vem desde a fundação do país, um pequeno trecho de terra localizado no sudeste asiático. A linhagem é a mesma desde 1368, quando iniciou o reinado dos sultões; a independência da Grã-Bretanha, no entanto, veio apenas em 1984, já sob a responsabilidade do tio do jogador do Leicester.
O poderio financeiro permitiu ao jovem Faiq Bolkiah ser criado na Inglaterra e trabalhar no país em que o futebol nasceu para seguir na carreira profissional. Como forma de agradecimento, o atacante optou por defender a seleção de Brunei.
Arsenal, Chelsea... “sobrinho real” é rodado na Inglaterra
Apesar da vida financeiramente favorável, já que, com a fortuna da família, poderia comprar times como Real Madrid e Barcelona, Bolkiah desde cedo manifestou o desejo de se tornar profissional. O Leicester, por exemplo, é o quinto time do atacante na Inglaterra.
Antes de defender o clube campeão inglês na temporada 2016 – em seu perfil, Bolkiah se descreve como ‘jogador profissional’ do Leicester, embora atue nas divisões de base -, o sobrinho do sultão de Brunei começou a carreira no pequeno AFC Newbury, pequeno clube do norte de Londres e conhecido regionalmente por ser o time que "descobriu" Theo Walcott, atacante do Arsenal.
Após se destacar no modesto time, o membro da família real ingressou na renomada categoria de base do Southampton em 2009. No entanto, não emplacou. Permaneceu treinando na Inglaterra e ganhou uma chance de disputar um torneio com o Arsenal. Chegou a anotar um gol, mas acabou dispensado e sem contrato.
De acordo com informações da imprensa inglesa, Bolkiah trabalhou no Reading até impressionar olheiros do Chelsea em um treinamento. O atacante assinou um contrato de dois anos e atuou constantemente na base do renomado clube londrino. Desde 2016, quando se encerrou o compromisso em Stanford Bridge, o jogador mais rico do mundo defende o Leicester.
Brunei já foi o quinto país mais rico do mundo
Mas, afinal, onde fica e por que a família real de Brunei possui tanto dinheiro? Localizado no sudeste asiático e cercado pela Malásia, o país de apenas 400 mil habitantes, segundo estimativa da ONU (Organização das Nações Unidas), possui grandes reservas de gás e petróleo em grande escala.
Em estudo da Forbes, Brunei chegou a ser considerado o quinto mais rico do mundo. Conforme publicou em 2009 a revista especializada em questões financeiras, a renda per capita no país chegava a 48.333 dólares. O pequeno país também possui uma das menores taxas de inflação do mundo: 0,3%, número apresentado em novembro do ano passado e divulgado pelo site Trading Economics.
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