"Sou a tradição. Ele, a traição". Brant fala pela 1ª vez e detona Campello
Júlio Brant ainda não engoliu o que chamou de "traição" de Alexandre Campello. Dez dias após a histórica eleição do Conselho Deliberativo que confirmou o novo presidente do Vasco, o candidato derrotado na sede náutica da Lagoa – após ter vencido o pleito entre os sócios –, resolveu falar. A ideia era esfriar a cabeça e esclarecer pontos do relacionamento desgastado entre presidente e vice da chapa “Sempre Vasco Livre”. Ao falar do ex-aliado, no entanto, Brant não poupou críticas, subiu o tom e questionou o caráter do novo mandatário cruzmaltino.
“É impossível conviver com traidor. É uma falha de caráter inaceitável de um homem. Eu sou a tradição. Ele, a traição. Vai ter que dormir com isso. E ficar por aí tentando explicar o que não consegue”, esbravejou Júlio, em conversa exclusiva com o UOL Esporte na última segunda-feira (29), em um escritório na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Na primeira entrevista concedida desde o episódio, Júlio Brant atacou o discurso de Campello após a posse, detalhou os diversos encontros que teve com o antigo parceiro entre a eleição de novembro e a reunião do Conselho, revelou que o acordo com Eto'o e com futuros parceiros estava bem próximo, admitiu erros de relacionamento e política no curso dos fatos e disse que a chegada de seu grupo ao poder em São Januário é uma questão de tempo. “Viemos para ficar e vamos mudar o Vasco. Vamos entrar no Vasco. O vascaíno quer isso”. Confira abaixo os principais trechos da entrevista.
Frustração após manobra de Campello
“Primeiro um processo que não é legítimo do ponto de vista do desejo do vascaíno. Isso está claro e retratado nas ruas. Estavam claramente entristecidos com o processo eleitoral do clube. Isso por si só já é suficiente para mostrar que a nossa torcida foi desrespeitada, independentemente da política pequena que houve. O desejo do sócio, que representava milhões de vascaínos, foi desrespeitado. E o resultado disso foi retratado no Maracanã [clássico contra o Flamengo]. Uma torcida pequena, desanimada, humilhada com gritos de “Fica Eurico” pela torcida rival. O retrato que vimos ali foi de humilhação por um processo eleitoral e político que não deu o resultado esperado. O esporte esperava.
Sentimento de frustração muito grande, parece que o Vasco não evolui, não sai de uma crise constante. Se empossa um presidente sem legitimidade e impopular, que mostrava dificuldade em desenvolver sua campanha. Foi a pior situação possível. A união do Campello com o Eurico e o fortalecimento da posição do Eurico no clube. Soube que ele tem sido chamado de “Imperador” dentro do Vasco. Lutamos três anos para tirá-lo de lá, quando tudo encaminhava para o resultado esperado veio uma manobra pequena, promíscua e que joga por terra todo esse trabalho e o desejo do imaginário. Como se recupera um clube dessa forma? Temos que lembrar que futebol é paixão, amor, tesão. Mexemos com o imaginário das pessoas o tempo inteiro. Se não consegue criar sonhos e aspirações aquilo se perde. Infelizmente é o que está acontecendo no Vasco. A torcida está triste e desapontada com o clube.”
Pontos que apontam união entre Eurico e Campello
“A predominância que toma conta do Vasco [Carlos Leite] é a mais óbvia, né? Você vê pela reação ali que continua o modelo. Não sou contra o empresário nem tive nada contra o Carlos Leite. Nunca falei nada contrário a ele. Agora, o que acho errado é que o clube seja franqueado por apenas um deles. Devemos abrir o clube para que outros empresários também possam trazer bons negócios ao Vasco. O mercado está aí e não posso lutar contra ele. Por entender o mercado bem, entendo que é uma decisão errada franquear o clube a um empresário. A principal marca dessa união é a presença do empresário de forma predominante dentro do clube. Além disso, o Eurico está lá presente. As pegadas dele estão no conselho fiscal do Campello. Os responsáveis por fiscalizar as contas do clube são todas pessoas ligadas ao Eurico.
Nós sempre batemos na tecla que precisávamos julgar o passado para responsabilizar as pessoas e recuperar o clube. Tínhamos três contratos. Um com Alvarez & Marsal [empresa de consultoria empresarial], para recuperação do clube, um com a Accenture [empresa de consultoria] para fazer toda parte de gestão, com a BDO para fazer auditoria, assim como a Ernst & Young. Essa era a turma que entraria no Vasco literalmente no dia seguinte. Isso assusta e incomoda certas pessoas. Quando se tem cães de guarda do Eurico no conselho fiscal, isso deixa claro qual a orientação. Olha alguma coisa, aponta um erro ou outro. Agora, algo que possa evitar que se cometa as mesmas atrocidades no futuro, não vai ter. Tem outros detalhes, mas são de menos. Os poderes do clube e o futebol estão claros.”
Campello alega que foi ‘escanteado’ pelo seu grupo
“O Campello me pareceu sempre alguém com moral e ética. Sempre o vi dessa forma. Me surpreendeu esse movimento dele. Qualquer pessoa que tem o mínimo de moral e ética se sentiria envergonhado com o que aconteceu. Tentam justificar o injustificável. Criar para poder minimamente confortar o coração e a mente na hora de dormir. O que foi feito é injustificável. Não importa o erro que foi cometido. Houve erro? Claro que houve. Ninguém é perfeito. Estávamos construindo uma união que os vascaínos pediram com grupos extremamente diferentes de visão para o clube, de visão de mundo, de experiência profissional. É claro que tivemos erros, mas não se justifica. Se é que aconteceram. Dizer que foi ‘escanteado’, por exemplo, não é verdade. Tenho mensagens trocadas que mostram isso. Reuniões da mesma maneira. Mas é claro que eu sou o executivo e tenho uma velocidade de trabalho. A gente tinha um clube com situação complicada de gestão logo ali na frente. Precisava dar um ritmo de trabalho.
Em nenhum momento eles colocaram na mesa proposta de trabalho diferente da nossa. Nunca. Eles ficaram naquela situação: ‘Não estão me chamando, então deixa quieto’. Mas nunca partiu deles uma proposta para mudar alguma coisa. Nada. Ele falou do executivo de futebol, que já havíamos decidido. Claro, vamos esperar chegar no clube para definir? Isso faz parte do planejamento e eles nunca falaram nada. Eurico vetou a transição, precisava olhar de fora e identificar onde pode melhorar. A questão da vaidade, o cartola não pode ser maior que o ídolo. Ele sempre terá o holofote em cima dele pelo que ele fez. Não adianta querer competir com o Felipe em termos de imagem, projeção. É muito maior que qualquer um de nós. Dirigente não tem que aparecer, mas sim o jogador. Isso é entender o seu lugar e ele [Campello] não soube entender o lugar dele. Não é disputa de quem vai mandar mais, mas tinha mais visibilidade. Sempre vai ter.
Aconteceram erros, poderíamos ter mais reuniões. Mas quando se briga com a mulher, você não sai de casa e pede divórcio no primeiro problema. Estávamos construindo um relacionamento que duraria três anos de gestão e isso ocorreu no primeiro mês. Qualquer um percebe o que aconteceu. Já havia essa intenção de fazer o que fizeram. Criaram pontos de atrito para justificar o desembarque. Isso é claro. Havíamos sido avisados por pessoas semanas antes, mas não sairíamos como traidores. Se isso acontecesse, eles que durmam com esse barulho. Tinha um acordo assinado e não trairia. Cinco dias antes da eleição eles ratificaram o acordo. Disseram que votariam juntos. Dias depois, fizeram o que fizeram. Eu não faria uma trairagem dessa e não fiz. Poderia ter feito, mas não fiz. É o chamado golpe do golpe. Queriam que eu desse o golpe antes deles darem na gente. Eu não quis isso.”
Faltou um pouco mais de habilidade política?
“Não digo política, mas talvez tenha faltado encontrar esses pontos de encontro. Ali já não era mais política, já tinha passado. Ficou no dia 7 de novembro, quando ainda estávamos fazendo acordos. O problema maior foi de relacionamento. Fazer com que ambos os grupos participassem e fizessem parte de um único grupo. Vale ressaltar que esses dois grupos vieram de uma disputa eleitoral passada muito dura. Já vinha um arrasto difícil de 2014. Tinha gente no novo grupo que não se falava desde aquela época. Tinha que melhorar a relação entre as pessoas. Isso faltou.”
Postura para o próximo triênio
“Nossa postura no conselho não foi ativa e nem combativa. O sucesso da eleição de 2017 foi porque começamos anos antes a montar uma base jurídica para ganhar depois. Não foi uma atuação muito forte, pois tínhamos 30 votos contra 120. E esses 30 eram de correntes distintas. Isso não foi problema já que teve boa relação. O nosso trabalho não é de votação no conselho, isso a gente fazia. O efeito prático disso é nulo, o que é um problema do estatuto do Vasco. O que queríamos era acesso a informações para trabalhar a base jurídica para eleição de 2017. E conseguimos. Ganhamos a eleição. Em relação ao próximo triênio, somos um grupo grande e muito mais preparado politicamente. Sabemos onde devemos brigar. Vamos entrar nas grandes.
Duas brigas são as principais: cobrar promessas de campanha do presidente e brigar pelas “diretas já”. Brigar para ter um estatuto onde o poder do voto do associado realmente valha e não seja um grande teatro. Isso é bom para o Vasco. Acabou o pleito e já se sabe quem será o presidente, não um arranjo político que descaracteriza por completo. Vide o que ocorreu agora. Ela é tão bizarra que gera uma serie de incoerências políticas que mudam por completo o resultado da eleição. É dar espaço para ser feito o que o Eurico fez. O voto direto é o que representa o desejo da maioria.”
Campello nega encontros. Brant detalha
“Eles foram na casa do meu irmão, com meu pai, minha família, todo mundo lá. O Campello estava lá com a esposa dele. Para ter uma ideia de como tinha aproximado. Estávamos nos aproximando. Isso é uma verdade. Tinha uma relação positiva e nos entendíamos. Não nos falávamos todos os dias, mas chegava a ser quatro, cinco vezes na semana. É injustificável. Foram várias reuniões, jantares, churrasco, nessa mesa de reunião. Várias ‘lives’ juntos que fizemos. Isso prescinde uma reunião. Após vitória nas eleições nos reunimos para comemorar e nada disso vazou, não era midiático. Era real. Nos encontramos muito.
E isso tudo no meio de Natal e Ano Novo, que são duas semanas que se dedica a família. Uma traição como essa é imprevisível. É difícil de entender que eles tentam encontrar justificativas até hoje. Estava focado em conseguir reuniões, enquanto isso eles trabalhavam o golpe. Deveriam estar tentando nos ajudar, mas estava preocupado com outra coisa. O Campello me disse na época que estava se reunindo com o Carlos Leite para evitar a saída de algum jogador. Disse para ele que era ótimo, pois uma equipe é assim. Cada um em uma frente. Hoje sabemos o que aconteceu.”
Reunião com Eto’o e negociação
“A reunião com o Eto’o foi tudo na base da amizade. Meu voo tinha uma escala em Paris de uma reunião profissional que tinha na Europa. Aproveitei para falar com pessoas que conhecia e calhou do Eto’o estar no mesmo lugar, no mesmo dia. Marcamos um jantar para trocar ideia. Apresentei o Vasco para ele, a situação e conversamos. Ele gostou da ideia. Ele é conhecido e tirou várias fotografias. Alguém viu e deu a nota. Nós não anunciamos e nem tínhamos o interesse naquele momento. A receptividade foi boa, diga-se de passagem. Ninguém estava sabendo disso e o Campello quer usar esse fato para justificar o injustificável [presidente questionou e disse não saber do projeto]. Deveria ter ficado feliz, se inserir. Essa é a postura que deveria ter, de que fazer parte. Mesmo que haja um ruído, ele é pequeno. Me chama, me xinga e seguimos em frente. Agora, tudo em prol do maior. Fiz tudo pensando em anunciar assim que assumíssemos a gestão. Isso nos traria coisas positivas em todos os lados. Criaria um positivismo muito forte.”
Vazamento de informações
“Tinham informações que só eu e ele tínhamos. E mesmo assim algumas notícias saíram na mídia. Como pode isso? Mesmo assim, eu jamais falei nada. Sabíamos dos vazamentos e os julgava como muito sério. Mas havia um sentimento que era melhor deixar para lá porque estávamos criando algo maior. Mesmo mostrando uma desconfiança. Falava uma coisa no dia seguinte saía no jornal. Não esperava nem dois dias. Era logo no dia seguinte. Eu nunca fiz disso um problema, ou uma briga. Entendemos e íamos tentar resolver, mas era uma fase muito delicada. Esses vazamentos atrapalhavam na Justiça. Parecia que estava antecipando uma decisão na Justiça. Demos o recado, mas não criamos polêmica ou problematizamos.”
Pensou em desistir da política do Vasco?
“Desistir não vamos. Tudo o que aconteceu só mostra que estamos no caminho certo. Sair no carro da polícia escoltado em 2014 [após votação em São Januário] foi duro e traumatizante. Estávamos incomodando quem estava lá dentro sugando o clube. Traumatizante, mas confortador, pois mostrava o caminho certo. Em 2017, ganhamos a eleição. Desistir não. Viemos para ficar. Quem está lá, terá que entender isso. Não significa que estou lançando candidatura. Isso será discutido lá na frente. Os ídolos continuam com a gente, os executivos continuam com a gente. Ninguém pensa em desistir, pelo contrário. Está todo mundo ainda mais motivado. Chegou a nossa hora. O vascaíno quer isso.”
Papel de Edmundo na gestão
"O Edmundo não sairia da Fox [onde é comentarista], não vai ter cargo. Ele seria parte de um comitê gestor. Seria um 'escudo', um cara para sentar em determinadas reuniões. Um cara que o mundo do futebol respeita, de grande liderança. Percebemos isso em várias reuniões. Seria utilizado desta maneira"
Arrependimento de coletiva
“Aquela coletiva [uma semana antes de votação no Conselho] precisava ocorrer. O vascaíno estava com a voz presa vendo o que ocorria no clube sem ninguém fazendo nada. Precisava dar uma sinalização que nosso grupo estava atento. Essa coletiva precisava ser dura, contundente. Clara no sentido da informação que quer passar. Mas em uma coletiva, você não controla o que acontece. Perguntas ocorrem e algumas repostas saem. Quando falei da presidência, era para deixar claro o seguinte: ele não tem o direito de fazer o que quer no clube. Tem o outro lado e tem voz. Não quis dizer que já era eleito. Foi um recado para o Eurico.
Muitas vezes o receptor entende diferente do que o emissor falou. E não necessariamente o erro é do receptor. Se pudesse, corrigiria a mensagem. Mas a ideia não era dizer que estava eleito, mas que havia outra liderança e que estava fiscalizando e expondo tudo o que eles estavam fazendo. O recado que dei para o Eurico naquela coletiva seria feito de outra forma, mas não foi isso que determinou. Essa coletiva foi discutida, ideia foi dele [Campello] até. Ele participaria. Foi quase meia noite que saiu o convite. Não tinha como convidar antes. Desistiu 20 minutos antes de participar.”
Campello diz não saber ocupação profissional de Júlio
“Claro que ele sabe o que eu faço. O Campello teve reuniões comigo na minha empresa. Tivemos essa fatídica reunião em que nos enganaram. Quando disseram que desembarcariam da gestão, mas manteriam o acordo político, foi na minha empresa. Ele sabia. Quem tem que saber, sabe. Mas é melhor fingir que não sabe porque falar a verdade conta a meu favor. Agora, eu tenho um acordo de não-exposição com a empresa e não vou expor. Ponto. É um fato. E não irei expor. Não posso falar e nem misturar as coisas. Minha empresa não pode ser colocada nesse turbilhão que é a eleição do Vasco. Tem o Júlio vascaíno e o Júlio executivo. Não posso misturar. É um compromisso com meu trabalho.”
Perdeu gente no conselho entre 2014 e 2017? E agora?
O conselho de 2014 era majoritariamente a Cruzada Vascaína, que exercia liderança natural por ser maioria. Éramos 30 e a Cruzada tinha 17. Eu tinha dois. E tinham outros grupos menores. A maior prova do que aconteceu só nos beneficiou foi a nota emitida pela Cruzada. Disse que nos apoia. Foram ver o que aconteceram e votaram. Maior dignidade do mundo. Normal. Faz parte. Isso se refletiu na votação do conselho. Se sentiram enganados e hoje manifestam apoio a gente. Não perdemos nada. Saímos muito mais forte do que entramos. Se contarmos os beneméritos, passamos de 100 com facilidade. Dos eleitos são 73.
Caráter de Campello
Falar da relação pessoal entre Brant e Campello não vai levar mais a lugar algum. Posso dizer o seguinte. Até certo ponto, existia de fato o desenvolvimento de uma relação verdadeira e que poderia dar certa. Poderia ser algo firme mesmo. De presidente e vice junto com o Nelson. De uma hora para outra mudou. Por que mudou? O encanto de virar presidente. Isso mostra falha do que entendo como caráter e moral. Não pode sucumbir a um desejo. Jogar fora uma confiança criada por um desejo de curto prazo. Falha muito grave. Não tem mais muito detalhe. Pessoalmente fico chateado, pois poderia ser boa relação traição é falha de caráter imperdoável. É preto e branco. Caráter e honra ou você tem, ou não tem.
Gritos de Eurico após vitória do Campello
Sentimento de derrota mais duro que tem. Desgaste que houve, físico e emocional, e no fim de tudo isso, você ouvir o nome do Eurico. É de uma frustração irreparável. Lutamos muito para tirar ele de lá e ele faz o novo presidente. Hoje o presidente é do Eurico, foi ele quem elegeu o Campello. Os gritos de Eurico foram inacreditáveis. Reconhecer que Eurico foi vitorioso da noite. Ele [Eurico] saiu de lá com a papeleta azul [do Campello], que era da mesma cor do Eurico. Saiu com ela balançando. Isso foi duro. Infelizmente esse preço vai chegar. Vendeu a alma e vai ter que entregar. Se ele não mantiver acordo com o Eurico, ele corre risco de levar o impeachment. É matemática, conta.
Teve algo de melhor?
Não vejo como melhor. Melhor era que não houvesse traição e acordos fossem mantidos. Tornar grupos homogêneos. Isso seria o melhor e o que os vascaínos merecem. Não consigo ver valor na destruição. Só na construção. Qualquer uma dessa agenda é destruidora e quem sofre com isso é o Vasco. Melhor cenário era o cumprimento do acordo para tornar o Vasco mais forte e honrador da sua história e passado. Qualquer coisa diferente disso, é ruim. Cria instabilidade e mais três anos de não conseguir crescer. Mercado olha para o Vasco e fica incrédulo. “O Vasco não se corrige”. Temos que reverter isso o mais rápido possível. Queremos crescimento constante, horizonte de longo prazo.”
O que mudou no Julio desde a 1ª eleição
“Em 2014 eu era muito pouco conhecedor do processo político do Vasco. Tinha visão boa, mas não tinha visão profunda. Em 2017, vivi o que ninguém jamais viveu na história do clube. Isso traz maturidade, conhecimento e aprendizagem, precisamos pegar isso tudo e transformar em algo melhor. É o nosso dever de casa. Devolver ao Vasco um projeto de crescimento a longo prazo.?”
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