Gilmar Mendes nega pedido de liberdade de Edinho, filho de Pelé

Preso desde julho do ano passado, o ex-goleiro Edinho seguirá cumprindo a pena de 12 anos e dez meses por lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas a que foi condenado no último mês de abril. O filho de Pelé teve um pedido de habeas corpus negado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Edinho pedia para recorrer da condenação em liberdade, mas uma questão burocrática fez o ministro decidir pelo contrário: "Nego seguimento ao pedido formulado neste habeas corpus, por ser manifestamente incabível, nos termos da Súmula 691 do STF", cita a manifestação divulgada pelo órgão.

Eugenio Malavasi, advogado de Edinho, impetrou o primeiro habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas teve o pedido de liminar indeferido. Após isso, o representante do ex-goleiro entrou com outro pedido de liberdade, mas desta vez no STF. O que a súmula citada por Gilmar Mendes diz é que "não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar", ou seja, antes de o STF julgar é necessária a decisão definitiva do STJ.

O ex-goleiro com passagens por Santos, Ponte Preta, São Caetano e Portuguesa Santista, que trabalhava como treinador e já dirigiu Mogi Mirim e Tricordiano, está condenado em segunda instância e por isso já começou a cumprir pena em regime fechado. Ele foi preso pela primeira vez em 2005 e desde então já foi detido em outras quatro oportunidades. Sua pena original, decretada em 2014, de 33 anos e quatro meses de prisão, foi diminuída após três anos para os atuais 12 anos e dez meses.

Desde 26 de julho de 2017, Edinho cumpre pena no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.