Hope Solo quer mandar no futebol dos EUA, mas outra mulher é a favorita
Os Estados Unidos fracassaram na missão de ir à Copa da Rússia, mas mesmo assim mantêm o status de uma nação importante no cenário geopolítico do futebol. Rico, com uma liga profissional em expansão e cobiçando organizar um Mundial da Fifa de novo, o país poderá ter uma mulher no comando da federação nacional – duas delas concorrem na eleição da entidade, que acontece neste sábado.
Em tempos em que o estilo do presidente Donald Trump incita atos feministas nas ruas do país, as mulheres aparecem com força na eleição da federação de futebol, que colocará fim a três mandatos consecutivos de Sunil Gulati na "US Soccer" (no cargo desde 2006).
A primeira delas é a goleira Hope Solo, um dos principais nomes da seleção feminina americana na última década, famosa pela qualidade como atleta e por uma pequena lista de polêmicas. No entanto, a favorita no pleito da federação é Kathy Carter, experiente executiva do futebol no país, ligada à MLS (Major League Soccer), a liga profissional do país.
Nada de união feminina
Considerada uma azarão no pleito, Solo tem sido bastante crítica à candidatura de Carter. Em recentes manifestações, a goleira qualificou a concorrente como uma representante do “status quo” vigente na federação desde sempre, destacando a ligação da favorita com Gulati, o atual presidente.
Correndo por fora, a estrela da seleção americana feminina prega conceitos como igualdade de condições esportivas e de premiações entre homens e mulheres – isso, em um país em que as meninas têm sido mais bem-sucedidas dos que os rapazes em torneios internacionais há um bom tempo.
Entre as promessas de campanha de Solo está a equiparação de ganhos das jogadoras da seleção feminina com os nomes do time masculino, além de fazer a mesma coisa com funcionários da federação, independentemente do sexo. Nas últimas semanas, a campeã mundial de 36 anos tem sustentado um discurso duro de oposição.
"A federação ficou cega com sua obrigação de desenvolver o futebol nos Estados Unidos, por causa de poder, prestígio, status e dinheiro, que flui na relação com a MLS (liga masculina). A prioridade da federação tem sido proteger a MSL, em detrimento da nossa juventude, do futebol feminino e da nossa posição no cenário global", disse Solo à imprensa americana.
Candidato que fala português e jogadores de Copa
Segundo a imprensa americana que tem acompanhado o noticiário da eleição, a disputa deve ser polarizada entre Kathy Carter e Carlos Cordeiro, outro executivo com larga ficha de serviços prestados ao futebol do país. O candidato fala português e tem família descendente de Portugal e Colômbia.
Além de Hope Solo, outros antigos nomes da seleção americana aparecem entre os candidatos, mas considerados como concorrentes de menor peso na disputa. Destaques para Paul Caligiuri (Copas de 90 e 94) e Eric Wynalda (Copas de 90, 94 e 98).
Ao todo são oito candidatos inscritos na eleição deste sábado, marcada para a cidade de Orlando, durante uma conferência oficial da federação americana. O vencedor terá um mandato de quatro anos à frente da entidade.
Entre as missões de maior pressão, o futuro presidente eleito terá que conduzir uma reconstrução da seleção masculina, que fracassou nas eliminatórias da Concacaf (Américas Central e do Norte) para a Copa de 2018, além da candidatura em conjunto com México e Canadá para o Mundial de 2026.
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