Técnico do Independiente diz que Grêmio fez catimba: "Parecia anos 60"

Ariel Holan, treinador do Independiente, não gostou da arbitragem e nem da postura do Grêmio no primeiro jogo da Recopa Sul-Americana. Depois do empate por 1 a 1, em Avellaneda, ele criticou a atuação do equatoriano Roddy Zambrano por ser conivente com a catimba do Tricolor. Nas palavras do técnico, ‘parecia jogo dos anos 60’.

Clique aqui e assista aos gols. O Grêmio abriu o placar com Luan, mas Bruno Cortez fez gol contra ainda no primeiro tempo. Entre um gol e outro, Gigliotti foi expulso após acertar cotovelada em Walter Kannemann.

“Parecia que estávamos jogando fora de casa. Eu disse ‘estamos no Brasil, estamos no Brasil’. São jogadas pequenas, mas a atitude incomoda. Parecia um jogo dos anos 60. O goleiro se atirava... O Grêmio joga bem e não precisa disso para vencer um jogo”, disse Holan em entrevista coletiva.

A reclamação do Independiente não tem ligação direta com a expulsão de Gigliotti. O time argentino contesta a postura do Grêmio especialmente no segundo tempo, onde supostamente houve catimba e lances para gastar tempo e esfriar o jogo.

“Fomos melhores, a expulsão mudou o jogo. Ainda assim, até os 15 minutos do segundo tempo fomos superiores. Não conseguimos vencer, mas saio satisfeito pelo o que a equipe fez”, elogiou o treinador do Independiente.

Na entrevista coletiva do Grêmio também houve pergunta sobre a catimba. Walter Kannemann, ao ser indagado por um repórter argentino sobre o tema, contestou. O zagueiro foi questionado sobre os atendimentos médicos.

“O goleiro (Marcelo Grohe) foi atendido uma vez. E eu recebi atendimento porque levei uma pancada no rosto”, disse. “Quais outros lances?”, emendou ao ouvir uma réplica do repórter. “Não vi isso”, complementou.

Grêmio e Independiente-ARG voltam a se enfrentar na semana que vem, em Porto Alegre. Sem saldo qualificado, a Recopa pode ir para prorrogação e pênaltis em caso de novo empate. Uma vitória simples, para qualquer lado, garante o título.