Fortaleza lamenta chacina que vitimou torcedores do clube na última sexta

O Fortaleza Esporte Clube emitiu uma nota de pesar dois dias após a chacina que resultou nas mortes de sete pessoas nas proximidades da sede de uma das maiores torcidas organizadas do clube. Segundo a Secretaria de Segurança do Estado do Ceará, ao menos duas vítimas vestiam uniformes da torcida no momento do assassinato, enquanto a Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF) confirmou que quatro vítimas fatais eram membros do grupo. Em seu posicionamento, o clube não entrou no mérito da possibilidade de richa de torcidas, como vê o Ministério Público cearense, e apenas se solidarizou às vítimas e familiares.

"O Fortaleza lamenta oficialmente a chacina ocorrida na última sexta feira, no bairro Benfica, que vitimou 7 pessoas entre eles torcedores do clube. Somos solidários à dor das famílias enlutadas. Esperamos que os culpados sejam identificados e punidos com o rigor da lei", posicionou-se o Fortaleza por meio de publicação em seu site oficial.

Neste sábado, o Ministério Público do Ceará pediu a extinção de três torcidas organizadas do Estado: além da TUF, a Jovem Garra Tricolor, também do Fortaleza, e a Associação Torcida Organizada Cearamor, do rival Ceará. O pedido veio na esteira da onda de assassinatos que aterrorizou a capital cearense na última sexta-feira. Até o momento não há prova de ligação da chacina com torcidas organizadas, mas o MP vê a extinção como tentativa de conter uma "grave ameaça ao bem-estar social". 

De acordo com o relatório Atlas da Violência 2017, o Ceará é o Estado com a terceira maior taxa de homicídios do país, com 46,75 por 100 mil habitantes. Sergipe e Alagoas têm os dois índices mais elevados. Com quase 3.000 integrantes o Ceará é o terceiro Estado com maior presença do PCC no país, atrás apenas de São Paulo e Paraná, segundo dados do MP-SP e da PF.