Três políticos do DF viram réus por superfaturamento em estádio da Copa
A Justiça Federal de Brasília aceitou denúncia do Ministério Público Federal e transformou em réus 12 suspeitos de participação no esquema de superfaturamento do estádio Mané Garrincha, o mais caro da Copa de 2014, que custou R$ 1,5 bilhão.
Em decisão divulgada nesta quarta-feira (25), tornaram-se réus o ex-assessor do presidente Michel Temer e vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Fillipelli, e os ex-governadores da capital Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda.
A Justiça determinou o desmembramento da denúncia em da ação em três ações penais. O caso é desdobramento da operação Panatenaico, deflagrada pela PF no dia 23 de maio do ano passado, levou à prisão Fillipelli, Agnelo, Arruda e uma série de pessoas envolvidas nos desvios do estádio da Copa.
Na ocasião, Fillipelli era assessor especial de Temer, despachando no Palácio do Planalto, sendo exonerado do cargo logo em seguida. Todos os indiciados pela ação policial estão em liberdade.
A investigação teve como ponto de partida a delação premiada feita por executivos da Andrade Gutierrez, empresa que fazia parte do consórcio pela obra e que confessaram o crime de corrupção. A leniência firmada pela empresa em 2016 foi homologada pelo juiz Sérgio Moro, e a empreiteira comprometeu-se a pagar R$ 1 bilhão.
As declarações dos executivos da empreiteira embasaram a denúncia criminal. Agnelo, Fillipelli e Arruda vão responder por associação criminosa, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
À Reuters, os advogados de Agnelo disseram que a inocência do ex-governador ficará clara com a apresentação da defesa. Já os defensores de Fillipelli afirmaram que se manifestarão após terem acesso ao teor da denúncia, segundo reportagem do "Jornal Nacional", da TV Globo. Não foi possível fazer contato com a defesa de Arruda.
* Com informações da Reuters.
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