Prass e Jailson contam esforço do elenco para blindar Dudu após críticas
O clima no Palmeiras ficou leve após a vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors em La Bombonera, mas as semanas que antecederam o triunfo inédito na argentina foram tensas para os atletas. Nesta sexta (27), em evento de lançamento da nova camisa de goleiros do clube, Jailson e Fernando Prass contaram como o elenco se mobilizou para blindar especialmente o capitão Dudu, principal alvo de críticas de alguns torcedores nos últimos dias.
"Nossa equipe está fechada faz tempo, desde a pré-temporada. A gente se cobrou, se fechou, se uniu, é uma família. Ficamos tristes pelo Dudu, com todo mundo querendo 'matar' ele, falar um monte de coisas. A gente pegou ele, chamou o grupo inteiro, conversou. Quando ganha é todo mundo, quando perde é só um culpado? Não pode ser assim", disse Jailson.
Um dos líderes do elenco, Prass também falou sobre a situação de cobrança que vinha sendo direcionada a Dudu. O capitão palmeirense não comemorou seu gol contra o Internacional no último final de semana, e foi recebido com hostilidades de um pequeno grupo de palmeirenses no desembarque na Argentina antes da partida com o Boca.
"Sinceramente, eu não via toda essas confusão que estavam criando. Óbvio que a gente tem acesso a rede social, e se for procurar, acaba achando muita coisa. Mas eu não conseguia perceber o motivo para se criar um clima tão pesado", disse Prass.
"Foram dois ou três torcedores que se manifestaram daquela forma. Não foi a torcida do Palmeiras. Usei um exemplo com os jogadores: se tem uma família com tio, primo, pai, avô, e você brigou com um, você não brigou com a família toda. Eu tive a chance de no dia do jogo dar uma volta lá perto do hotel (em Buenos Aires), encontrei vários torcedores do Palmeiras, e 100% passando mensagens positivas, apoiando, inclusive o Dudu, que foi o foco da manifestação".
O goleiro completou defendendo o perfil de Dudu. Para Prass, o capitão é um jogador que fica verdadeiramente abalado com as derrotas.
"Eu sinceramente prefiro mil vezes um jogador como o Dudu, que chora, briga, do que um cara que não sente nada quando veste a camisa, que quando perde e quando ganha está a mesma coisa. Eu vejo pelo lado positivo, ele é um cara sentimental, que veste mesmo a camisa, que briga e que chora, mais ou menos como o torcedor. Então eu acho que é legal ver isso no futebol ainda, mas muitos veem pelo lado pejorativo", concluiu.
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