Jô defende árbitro de vídeo e reconhece: 'Meu gol de mão seria invalidado'
O atacante Jô, atualmente no Nagoya Grampus (Japão), afirmou ser um defensor do árbitro auxiliar de vídeo (VAR) no futebol. Em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, o ex-jogador do Corinthians relembrou inclusive o gol que marcou com a mão no Campeonato Brasileiro de 2017 como um fator favorável ao vídeo.
O lance aconteceu na partida Corinthians x Vasco, em 17 de setembro, pela 24ª rodada do torneio. Na ocasião, Jô escorou com a mão direita um cruzamento da esquerda e fez o gol da vitória paulista.
"Se tivesse (VAR) no ano passado, o gol de mão que eu fiz seria invalidado, e tive dois gols mal anulados que seriam marcados", diz, citando os lances invalidados contra Coritiba (0 a 0, na oitava rodada) e Flamengo (1 a 1, na 17ª rodada).
O jogador, porém, assegura não ter sentido o toque da bola na mão. "Me arrependo de não ter revisto o gol logo depois do jogo. Na hora do lance, juro que não senti tocar na mão. Mas eu devia, ainda no vestiário, ver o vídeo e admitir o erro. Só fiz isso depois e virou polêmica", completou.
Diante do lance contra o Vasco e da polêmica no jogo Palmeiras 0 x 1 Corinthians pelas finais do Campeonato Paulista, o atacante afirmou acreditar que, "em alguns casos", há interferência externa na arbitragem. No entanto, disse jamais ter visto influência direta sobre juízes.
"Em alguns casos, existe sim. A televisão reprisa o lance e a informação sempre vem de fora. Várias vezes acontece de o jogador voltar do intervalo e ir falar com o árbitro que a TV mostrou o erro dele. Muitas vezes, a imprensa que fica na beira do gramado tem a informação e passa", disse.
"A gente pressiona o árbitro esperando que, em uma decisão futura, possa interferir na marcação dele o fato de saber que ele já errou no jogo. Na dúvida, ele pode marcar outra coisa", completou Jô, que preferiu não opinar sobre o clássico da decisão do Campeonato Paulista.
Vaga na Copa do Mundo? Poucas chances
Jô ainda foi questionado a respeito de uma possível convocação para a disputa da Copa do Mundo de 2018. Para ele, o mau momento de sua equipe, lanterna da liga japonesa após 13 rodadas, deve atrapalhar.
"Para essa Copa seria um milagre, até pelo momento ruim da minha equipe. Eu esperava uma oportunidade no ano passado, pela temporada maravilhosa, mas não aconteceu", disse Jô.
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