Diretor diz não ter sido avisado de demissão no Palmeiras: "É ditadura?"
No último sábado, o UOL Esporte publicou matéria sobre mais um capítulo do conflito político do Palmeiras. O presidente Maurício Galiotte decidiu tirar da diretoria conselheiros teoricamente ligados a seu rival nos bastidores, o ex-mandatário Mustafá Contursi. O número de demitidos pode chegar a dez. Um dos nomes colocados entre as saídas certas, no entanto, disse não ter sido procurado por Galiotte e questionou: "É uma ditadura?".
"Sobre demissão do cargo, é especulação, pois até o momento não fui procurado pelo presidente. Lamento tal atitude no século XXI não poder ter opinião divergente por fazer parte de uma diretoria. É ditadura? Pior, ligar meu nome a grupo político (grupo esse que o apoiou - Galiotte - para ser eleito), não respeitar meu voto como conselheiro (representante dos sócios que me elegeram) e distorcer minha opinião", ponderou Paulo Jussio, responsável pelo relacionamento com torcedores de fora da capital paulista.
O estopim para a decisão de Galiotte foi a posição contrária de conselheiros à mudança de estatuto que permite mandatos de três anos, em vez de dois. Isso permitirá que Leila Pereira, proprietária da Crefisa e recém-eleita para o conselho, consiga se candidatar já em 2021 à presidência do Palmeiras.
Jussio prosseguiu com sua defesa: "Não fui contra a mudança, mas sim como foi feita e como foi orquestrada a toque de caixa em pleno ano de eleição presidencial. Ao meu ver, casuística e política, pois para tais mudanças ignoraram-se muitas outras". O conselheiro ainda pediu espaço para a publicação de um manifesto de seu grupo político, o Palmeiras Responsável.
Confira a íntegra do comunicado:
"A SEP possui 280 conselheiros, dos quais 224 compareceram à reunião. Para aprovação de qualquer alteração é necessário que a maioria absoluta esteja a favor, neste caso, 141 votos;
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