Santos estuda mais opções, mas liderança torna Sánchez prioridade do clube
O Santos estuda alternativas no mercado para fechar a contratação de um volante, posição considerada a mais carentes do elenco, além de um camisa 10 autêntico. A diretoria santista abriu "outras conversas" por conta das dificuldades para concluir a contratação do uruguaio Carlos Sánchez. O nome de Claudio Yacob, volante argentino livre no mercado após ter contrato encerrado com o West Bromwich, da Inglaterra, último colocado e rebaixado no Campeonato Inglês, surgiu como opção.
No entanto, o volante que disputa a Copa do Mundo na Rússia pelo Uruguai é considerado a prioridade da diretoria santista para o setor. Isso porque o diretor executivo de futebol, Ricardo Gomes, e o técnico Jair Ventura acreditam que o uruguaio é o jogador ideal para suprir outra carência do elenco por seu perfil de liderança dentro de campo.
Jair, inclusive, entende que o time sofre com a ausência de um líder desde a saída de Ricardo Oliveira para o Atlético-MG. Para dirigentes e integrantes da comissão técnica, o elenco conta com perfis diferentes de liderança – casos de Renato, David Braz e Vanderlei.
O trio não costuma cobrar os companheiros, principalmente Renato e Vanderlei, com estilos mais pacatos. A liderança deles é considerada apenas técnica, assim como a de Gabigol, pelo treinador.
Sánchez, além de ser um jogador de 33 anos, possui experiência de Copa do Mundo e já conquistou a Copa Libertadores da América, pelo River Plate, da Argentina. Técnico, o uruguaio é bastante aguerrido dentro de campo e se impõe pela sua liderança.
Sánchez pede R$ 6 milhões por ano
Sánchez pediu US$ 1,5 milhão (R$ 5,8 milhões) de salário anual ao Santos, o que dá cerca de R$ 500 mil mensais, sem contar o 13º salário. O clube paulista tenta baixar esse valor para fechar a contratação. Além disso, o tempo de contrato é outro entrave para que o negócio seja fechado.
O uruguaio pediu três anos de contrato, enquanto a diretoria santista está disposta a fechar por duas temporadas. O agente de Sánchez viajou à Rússia no fim de semana passado para tentar convencer o jogador a aceitar o acordo até julho de 2020.
O tempo de contrato parece ser um entrave simples, mas não é bem assim. Ricardo Oliveira, por exemplo, não permaneceu no Santos e se transferiu para o Atlético-MG pois o clube paulista insistiu em proposta de um ano de contrato. O camisa 9 do Galo pedia, no mínimo, dois anos para renovar.
Antes de negociar com Sánchez, a diretoria santista chegou a um acordo com o Monterrey para conseguir a liberação do meio-campista pelo pagamento de US$ 1 milhão (R$ 3,7 milhões). O contrato do uruguaio com o clube mexicano é válido até dezembro deste ano.
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