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Ricci não vê marcação de árbitros a Neymar e apoia desafio de times ao VAR

Para ex-árbitro, reações de atacante podem atrapalhar apenas distribuição de cartões - AFP
Para ex-árbitro, reações de atacante podem atrapalhar apenas distribuição de cartões Imagem: AFP

17/08/2018 17h08

O ex-árbitro Sandro Meira Ricci afirmou nesta sexta-feira (17), em entrevista ao canal de TV por assinatura SporTV, que não acredita que Neymar tenha sofrido perseguição de árbitros durante a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Questionado por convidados do canal a respeito de uma suposta “marcação prévia” de árbitros contra jogadores, Ricci negou a hipótese. “Muita gente fala que isso é marcação, eu falo que é preparação. Você vem fazer o programa, vai entrevistar Fulano e Cicrano, então deixa eu ler a respeito”, comparou.

Ao ser perguntado se Neymar se enquadrava nesta regra ou se sofria preconceito pelas reações diante das faltas sofridas, defendeu a primeira possibilidade.

“Eu não acho que houve preconceito contra o Neymar (na Copa de 2018), que foi o jogador que mais sofreu faltas na Copa do Mundo. Ele (árbitro) pode ficar na dúvida se vai ou não dar cartão por esse exagero, mas não da falta”, acrescentou.

Aposentado após a Copa de 2018, Sandro Meira Ricci foi questionado ainda a respeito da adoção do árbitro auxiliar de vídeo (VAR) no Brasil. E defendeu que os jogadores, dentro de um limite pré-estabelecido, possam “desafiar” a arbitragem em determinados lances, a exemplo do que acontece por exemplo no tênis.

“Eu mudei de opinião. Não sei se a Fifa vai mudar, acredito que sim. Apesar de o árbitro ser de vídeo, é de carne e osso. Apesar de ter câmeras, ângulos, o árbitro é um ser humano. Como aconteceu na Copa do Mundo - em três ou quatro situações, o árbitro de campo errou e o árbitro de vídeo não chamou”, disse Ricci.

“Normalmente o árbitro, quando é advertido, vai lá ver (o vídeo), ai toma a decisão dele. A comunicação deveria se encerrar quando eu me coloco na frente de vídeo. A partir daquele momento, eu sou o árbitro de vídeo e me comunico com o operador. O árbitro de vídeo me chamou para ver. (Mas) o jogador sabe quando sofreu pênalti. O árbitro pode errar, o árbitro de vídeo pode errar. E a equipe não tem o direito de fazer justiça. É importante o jogador falar: ‘espera, eu sofri o pênalti’”, acrescentou.