Richarlyson admite vício em crossfit e vira até "capitão" em torneio
Karla Torralba
Do UOL, em São Paulo
29/08/2018 04h00
Como se fosse o primeiro jogo de futebol da carreira, Richarlyson estreou em um torneio de crossfit. Há quatro meses a rotina do jogador é voltada ao novo esporte. São treinos diários, dose extra de dedicação e equipamento especial para superar os desafios. No último final de semana, o ex-jogador do São Paulo virou um líder natural da equipe em sua estreia em torneios da modalidade.
Impossível não relacionar o Richarlyson do crossfit com o jogador de futebol tricampeão brasileiro, campeão da Libertadores e mundial. A disciplina, a resistência cardíaca e a personalidade de liderança o transformaram numa espécie de capitão do trio que disputou o Big Wods, em Jaú-SP. A equipe do atleta, a Bravus, ficou em oitavo lugar em disputa de 27 trios.
“Ele é um cara muito motivador, apoia os demais, se comunica. O Richarlyson tem um histórico no esporte e foi o líder da equipe. Ele foi como um capitão e conseguiu levar isso muito bem”, contou o treinador de Richarlyson Genivaldo Silva, o Massa, em entrevista ao UOL.
Aos 35 anos, Richarlyson avisa que ainda não encerrou a carreira no futebol. Há quatro meses no crossfit, ele se dedica todos os dias ao esporte com treinos de uma hora e mais trabalhos extras para melhorar alguns pontos, como o trabalho de membros superiores. "Não podia fazer tanto exercício com os membros superiores pra não atrapalhar no futebol, a mobilidade, mas agora estou dando ênfase a isso", diz o jogador.
“Eu gosto muito de desafio e estou viciado. A gente conhece outro mundo. Aquela coisa de querer se superar e pegar mais peso, de querer treinar. Agora que competi, a sensação é inexplicável, quero continuar competindo”, destacou.
O primeiro jogo de futebol de um atleta profissional nunca se esquece e Richarlyson comparou a estreia no crossfit com o esporte que pratica há 20 anos. Familiares e amigos foram para Jaú assistir à estreia.
“Meus pais foram assistir. Foi como o primeiro jogo de futebol. A emoção foi grande. Minha mãe preocupada na arquibancada, porque ela não conhece o esporte, preocupada pra não me machucar. Isso é bacana também, porque pude desfrutar com minha família”, destacou.