Na Liga das Nações, Inglaterra vence Espanha e quebra tabu de 15 anos
A Espanha não sofria uma derrota em seu território desde junho de 2003. A Inglaterra, por outro lado, tem motivos de sobra para se tranquilizar com a vitória por 3 a 2 obtida nesta segunda-feira (15) em Sevilha, pela Liga das Nações. E não se trata só do fim do tabu que dava segurança aos espanhóis.
O resultado deixa a Inglaterra na vice-liderança do Grupo 4 da competição, com menos medo do rebaixamento e quatro pontos somados. São dois a menos que a própria Espanha e três a mais que a Croácia - que, vale lembrar, disputou um jogo a menos até este momento.
As duas últimas partidas da chave nesta primeira fase envolvem os croatas. No dia 15 de novembro, a atual vice-campeã do mundo recebe a Espanha. Três dias depois, em 18 de novembro, a Croácia visitará a Inglaterra.
Válido pelo Grupo 2, o outro confronto disputado no mesmo horário terminou com vitória da Suíça por 2 a 1 sobre a Islândia.
O melhor: Harry Kane
Sterling merece uma menção honrosa pelos dois gols, mas o centroavante teve noite de armador e participou da construção dos três da Inglaterra. No primeiro, Harry Kane dominou na intermediária, esperou o jogo inglês se desafogar e tocou para Rashford, que logo serviu Sterling para abrir o placar.
Menos de 15 minutos depois, aos 29 do primeiro tempo, o jogador do Tottenham se viu cercado por dois rivais, girou e deu um passe magistral para Rashford, que tocou no contrapé de De Gea e ampliou. A marcação sobre Kane deu liberdade ao jovem do Manchester United.
Diante de uma Espanha em estado de choque, Ross Barkley aproveitou a boa fase que trouxe do Chelsea para organizar o terceiro gol. Foi dele que Kane recebeu um lançamento aos 37, em posição legal, deu a volta nos adversários e cruzou. Sterling completou para a rede.
Apesar da boa atuação nesta segunda, com proteção de bola e participação em jogadas fora da área, Kane ainda não marcou na Liga das Nações.
Os piores: defensores espanhóis
Sterling marcou o primeiro da Inglaterra e deixou os espanhóis em pane. Entre um gol e outro da seleção de Southgate, a Espanha não teve um momento sequer de esperança no primeiro tempo.
Do outro lado, a Inglaterra investia bem nos contra-ataques e encontrava sempre uma zaga desorganizada. A mínima redenção só veio para Sergio Ramos, que aproveitou o susto da defesa adversária e escorou para o gol aos 52 do segundo tempo, no apagar das luzes.
Espanha perde segurança em casa
A torcida espanhola não estava acostumada a ver sua seleção perder um jogo oficial em casa desde 7 de junho de 2003, dia em que a Grécia venceu a Fúria por 1 a 0 nas Eliminatórias da Euro 2004. O fim desta sequência veio com um primeiro tempo traumático, mas uma etapa final de garra.
A equipe de Luis Enrique começou a partida em ritmo superior e chegou a perder gols com Thiago Alcantara, que fez a bola passar perto do gol, Alonso, que concluiu em cima de Pickford, e Asensio, que chutou para defesa tranquila do goleiro.
Para a infelicidade dos espanhóis, isto é o melhor que pode ser dito sobre seu primeiro tempo.
Tudo mudou nos 45 minutos finais. Muito mais aguerrida, a seleção espanhola partiu para cima, e Luis Enrique não esperou muito para mexer no time. Uma mudança deu resultado: Alcácer, substituto de Saúl, subiu sozinho em cobrança de escanteio e testou para diminuir o placar aos 12.
Pênalti?
Pickford vinha tendo atuação razoável até o gol da Espanha. Deste momento em diante, o goleiro inglês pareceu se fechar em sua própria insegurança e cometeu um erro feio aos 17, quando recebeu uma bola recuada e foi desarmado por Rodrigo.
O inglês correu para acompanhar o atacante e impediu a finalização diante do gol aberto, mas não sem uma boa dose de polêmica. A seleção espanhola reclamou muito de um pênalti que Pickford teria cometido no momento da intercepção.
O técnico Luis Enrique foi o mais inflamado e discutiu muito com o quarto árbitro.
FICHA TÉCNICA
ESPANHA 2 X 3 INGLATERRA
Data e hora: 15 de outubro de 2018, às 15h45 (de Brasília)
Local: Estádio Benito Villamarín, em Sevilha (Espanha)
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Auxiliares: Pawel Sokolnicki e Tomasz Listkiewicz (ambos da Polônia)
Cartões amarelos: Sergio Ramos, Jonny, Ceballos, Morata (Espanha); Dier, Maguire (Inglaterra)
Gols: Alcácer, aos 12, e Sergio Ramos, aos 52 do segundo tempo (Espanha); Sterling, aos 15 e aos 37, Rashford, aos 29 do primeiro tempo (Inglaterra)
ESPANHA: De Gea; Jonny, Nacho, Sergio Ramos e Alonso; Sergio Busquets, Saúl Ñíguez (Alcácer) e Thiago Alcantara; Aspas (Cepallos), Rodrigo (Morata) e Asensio
Técnico: Luis Enrique
INGLATERRA: Pickford; Trippier (Alexander-Arnold), Maguire, Gomez e Chilwell; Dier, Barkley (Walker), Winks (Chalobah) e Sterling; Rashford e Harry Kane
Técnico: Gareth Southgate
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