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Um banho por semana e 1h no pátio: a rotina dos jogadores russos na prisão

Kokorin e Mamaev disputaram a última Eurocopa pela Rússia - REUTERS/Benoit Tessier, Maxim Zmeyev
Kokorin e Mamaev disputaram a última Eurocopa pela Rússia Imagem: REUTERS/Benoit Tessier, Maxim Zmeyev

Do UOL, em São Paulo

17/10/2018 04h00

Apenas um banho por semana, uma hora diária de passeio pelo pátio e uma visita mensal do advogado. Essas são as condições iniciais que o meia Pavel Mamaev, do Krasnodar, e o atacante Alexander Kokorin, do Zenit, vão enfrentar depois de terem a prisão preventiva decretada em Moscou por agredirem três pessoas na semana passada.

Os dois foram encaminhados para a prisão de Butirka, no norte de Moscou, que tem a fama de ser uma das mais sinistras do país. Construída no século 18, recebeu ao longo dos anos inimigos do governo local e dissidentes em geral, foi palco de execuções e ponto de partida para condenados a trabalhos forçados.

Segundo decisão da justiça, Mamaev e Kokorin ficarão encarcerados pelo menos até 8 de dezembro. Eles podem ser condenados até sete anos de prisão por agressão e vandalismo. Ambos são acusados de terem atacado dois funcionários públicos e um motorista em um bar de Moscou. Câmeras de segurança forneceram as provas usadas pela polícia para o início da investigação.

Kokorin agride funcionário público em bar de Moscou - Reprodução - Reprodução
Kokorin agride funcionário público com uma cadeira em bar de Moscou
Imagem: Reprodução

Além de recorrerem da prisão preventiva, os advogados dos jogadores também tentam amenizar a passagem pelas celas de Butirka. Uma das medidas será solicitar uso da academia que existe no local para manter a forma. Nesse caso, conquistariam o direito a um banho diário.

Para isso, segundo as regras do local, cada um terá que pagar 50 euros por dia (aproximadamente R$ 200). Os cerca de R$ 6 mil mensais, no entanto, não serão problema para os jogadores. Eles ganham pelo menos R$ 10 milhões por temporada.

Os primeiros dez dias de Mamaev e Kokorin serão em quarentena, quando passarão por exames médicos e psicológicos. Em seguida, irão para outro tipo de cela, onde dividirão espaço com até dez pessoas.

De acordo com Iván Mélnikov, secretário da comissão de direitos dos presos de Moscou, os jogadores até agora reclamaram apenas do barulho da prisão e disseram que não conseguiram dormir nas primeiras noites.

O caso de Mamaev e Kokorin se tornou um dos assuntos mais comentados na Rússia nos últimos dias, ganhando espaço de destaque em programas de televisão.