Neymar chama CR7 de monstro e Messi de ídolo: "me vejo parecido com eles"
O atacante Neymar concedeu uma entrevista para o site "Players’ Tribune" e, ao lado de Stephen Curry, relembrou momentos de sua vida particular a carreira. O jogador do PSG falou sobre como se inspira nos dois principais jogadores dos últimos anos no futebol (Cristiano Ronaldo e Messi), relembrou momentos de dificuldade na carreira e contou como é a sensação de jogar a final de uma Liga dos Campeões.
Na conversa, Neymar chamou Messi de ídolo e Cristiano Ronaldo de monstro e traçou semelhanças com os jogadores. Para ele, a fome por títulos os aproxima.
“Enfrentar Messi e Cristiano Ronaldo – e eu joguei com Messi, que é, para mim, um dos maiores no futebol. Ele é meu ídolo no futebol… Com ele, eu aprendia todos os dias. Durante os treinos, ou jogando com ele, ou vendo ele jogar. E isso foi me fortalecendo… acho que aumentando minha capacidade dentro de campo. Porque eu fui aprendendo muito com ele. Quanto ao Cristiano Ronaldo, ele é um monstro. Enfrentá-lo é uma honra e um prazer. Só que a gente tem que se preparar mais, porque… é um dos maiores do futebol, então, você fica mais esperto, mais ligado, mas ao mesmo tempo você vai aprendendo, também”, disse.
“Então, são dois grandes caras, que eu me vejo parecido com eles, porque quero aprender, quero mais, quero ganhar. Quero buscar mais títulos, fazer mais gols, então, vou aprendendo a cada dia com eles, também”, completou.
Neymar ainda citou as duas lesões mais graves que sofreu na carreira, uma durante a Copa do Mundo de 2014 e outra nas vésperas do Mundial de 2018, como os dois momentos que mais o transformaram na vida.
Sobre a lesão nas costas sofrida após joelhada do colombiano Zuñiga nas quartas de final de 2014, Neymar disse que chegou a ter medo de não voltar a jogar.
“Eu tenho dois momentos. O primeiro quando eu machuquei minhas costas. Eu estava vivendo meu sonho, jogar a Copa do Mundo, e você se vê saindo de um sonho porque você se machucou. Para mim, tinha acabado tudo. Eu falei: “Pô, será que vou conseguir voltar a jogar futebol, será que vou conseguir? E ali meus familiares, meus amigos, foram importantes para mim naquele momento. De me reerguer, de estar comigo, de estar perto. De me fazer dar a volta por cima”, disse.
Já em relação à lesão que colocou em risco sua participação na Copa do Mundo deste ano, Neymar destacou o apoio familiar.
“E o outro momento foi agora, quando eu tive a minha primeira operação, que foi do pé. Eu estava próximo de jogar uma Copa do Mundo, que eu não me via jogando, e meus familiares, minha namorada (e meus amigos ficaram comigo. E eles me fizeram acreditar no meu sonho, que eu poderia chegar numa Copa do Mundo e disputar novamente. Acho que esses dois momentos são importantes para mim. Minha família e meus amigos foram muito importantes nesses momentos. Neste retorno”. disse.
Aproveitando ainda a presença de Curry, Neymar disse que se sentiu mais nervoso vendo o amigo disputar a final da NBA do que estar em campo em uma final da Liga dos Campões pelo Barcelona.
“É diferente. Acho que fiquei mais nervoso assistindo a final da NBA do que jogar a minha. Mas é diferente. Acho que a vibe de uma final da Champions League, a concentração que você tem, é tudo um pouco diferente de qualquer jogo. Quando joguei minha primeira final da Liga dos Campeões, lembro que, antes do jogo, eu estava muito nervoso, ansioso, mas depois que começa o jogo, você relaxa, porque você está focado, você sabe que está ali para isso. Então, é tudo mais natural”, disse.
A conversa com Curry ainda rendeu dois momentos de descontração. Primeiro, quando Neymar disse que tremeu ao conhecer o jogador do Golden State Warriors. Depois, quando ambos relembraram histórias com os filhos e o atacante do PSG contou que Davi Lucca já ficou triste por não acreditarem que Neymar era o seu pai.
O que o fez virar jogador?
Na entrevista, Neymar também relembrou dois momentos, em sua avaliação, definitivos para a sua opção de ser jogador de futebol. Entre eles, uma comemoração de título do Santos.
"Tive dois momentos, de pequeno, aos três anos. Quando minha mãe perguntou qual presente eu queria, saí correndo, atravessei a rua e escolhi uma bola de futebol. E o outro, quando eu tinha seis para sete anos de idade, quando o Santos foi campeão, fui com meu pai na rua celebrar com toda a torcida e vi os jogadores passarem em cima de um carro alegórico, acenando para eles e dando tchau. Foram esses dois momentos que me marcaram e eu decidi: Quero jogar futebol", disse.
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