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Sem Gallo, Atlético-MG se afasta de Tardelli e revê planos para 2019

Diego Tardelli (foto) conversou com ex-diretor Alexandre Gallo por retorno ao Atlético - EFE/Paulo Fonseca
Diego Tardelli (foto) conversou com ex-diretor Alexandre Gallo por retorno ao Atlético Imagem: EFE/Paulo Fonseca

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

31/10/2018 04h00

A demissão de Alexandre Gallo retarda o planejamento do Atlético-MG para 2019. O antigo cartola já tinha ideias para o ano seguinte. Ele, inclusive, tentava a volta de Diego Tardelli. Agora, o presidente do clube, Sérgio Sette Câmara, e o novo diretor de futebol, Marques, terão que recomeçar os planos para a nova temporada.

Gallo tinha em mente a busca de três grandes reforços para 2019. O principal nome era o jogador do Shandong  Luneng  O ex-dirigente, inclusive, já tinha conversas com os agentes do atacante, que tem contrato com o time chinês até o fim de janeiro. A ideia era repatriar o atleta de 33 anos em definitivo em um negócio sem custos.

A demissão de Gallo, ocorrida sobretudo pela pressão da torcida, retarda o planejamento para 2019.

Marques luta contra inexperiência

Atual responsável pela função de executivo, Marques já estava no dia a dia do clube, mas desempenhava outro papel. Ele era o coordenador das categorias de base. Embora tenha vantagem por conhecer o plantel, o executivo de futebol terá a incumbência de apresentar um trabalho novo para contratação de atletas e reformulação de elenco em 2019.

Sem a mesma experiência de Gallo após encerrar a carreira, Marques terá que iniciar contatos para formar o time que vislumbra ao lado de Levir Culpi. O ex-atacante do clube tem carta branca da diretoria para trabalhar nos bastidores do mercado da bola. No entanto, por ser um novato na função, o ídolo da torcida precisará do apoio da comissão técnica para mapear o mercado e buscar reforços.

A princípio, Marques será diretor de futebol do Atlético até dezembro de 2018. Todavia, se mostrar um bom planejamento à diretoria, poderá ser efetivado no cargo.

Brasileiro trava planos

Alexandre Gallo tinha duas alternativas no planejamento que apresentou ao presidente Sette Câmara há pouco mais de uma semana. O ex-diretor de futebol temia pela ausência da equipe no grupo que garante classificação à próxima edição da Copa Libertadores da América. Sem disputar o torneio, ele projetava gastos comedidos. A situação era diferente em caso de classificação para a competição internacional.

Com 46 pontos, o Galo ocupa hoje a sexta colocação do torneio nacional e corre risco de perder a posição para o Santos, que tem a mesma pontuação, mas pelo critério de desempate, está em sétimo.

A incerteza sobre a participação na Libertadores obriga Marques a se precaver em relação às contratações para o próximo ano.