Conselheiro do Vasco questiona R$ 5,5 mi de Eurico: "gestão temerária"
Membro efetivo do Conselho Fiscal, o conselheiro Otto Carvalho protocolou nesta quarta-feira, na secretaria do Vasco, seu parecer contrário a recomendação da aprovação das contas de 2017 apresentadas pelo ex-presidente do clube Eurico Miranda. O dirigente apontou falhas na antecipação de recursos e prestações, dando como exemplos um suprimento de caixa na ordem de R$ 5,5 milhões de Eurico, além de ressarcimentos e adiantamentos supostamente sem comprovação a outros cartolas.
Ainda na carta, cita uma “omissão de contrato” referente à venda do volante Douglas Luiz para o Manchester City (ING) ano passado.
Otto Carvalho cita ainda o descumprimento de contrapartidas legais, como a falta de pagamentos de impostos, salários e direitos trabalhistas durante a administração de Miranda.
Por fim, sugere ao Conselho Deliberativo que avalie o período de Eurico como uma “gestão irregular ou temerária” e que também analise um “eventual favorecimento financeiro dos Srs. Silvio Aquiles Hildebrando Godói e Dennis Carrega Dias”, que eram membros da diretoria administrativa no período sob análise.
Vale ressaltar que Otto Carvalho foi voto vencido no Conselho Fiscal, já que os outros dois integrantes, Edmilson Valentim e Rafael Landa, votaram a favor da recomendação da aprovação das contas de Eurico Miranda.
Conselho classifica explicações de Eurico como “satisfatórias”
No documento que deu o parecer favorável às contas de Eurico, o Conselho Fiscal admite que há a “existência de movimentações sem a devida documentação comprobatória”. O órgão, no entanto, diz que solicitou esclarecimentos aos membros da Diretoria Administrativa da gestão anterior e “entende que as respostas a todos os questionamentos foram consideradas satisfatórias”.
Ainda no texto há a ressalva de que as despesas nas contas apresentadas por Eurico ultrapassaram em 4% o valor orçado, mas valendo-se também de outros argumentos dados pela antiga gestão, como a perda de seis mandos de campo no Campeonato Brasileiro do ano passado bem como o conturbado ambiente político nos meses que antecederam a eleição, foram suficientes para entender que não há “motivo suficiente para ensejar a recomendação de reprovação das contas”.
Tal documento é assinado por Rafael Landa, relator da análise das contas, e não pelo presidente do Conselho Fiscal, Edmilson Valentim.
Movimento de conselheiros fica estagnado
Em maio, um grupo de conselheiros ensaiou um movimento para o recolhimento de 60 assinaturas com o objetivo de se convocar uma reunião do Conselho Deliberativo para questionar o tal suprimento de caixa de Eurico Miranda citado por Otto de Carvalho em carta. A ação, porém, nunca foi para frente e segue estagnada. Grupos de oposição que não são aliados se acusam sobre quem é o culpado em não dar prosseguimento ao caso.
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