Barcos diz que não queria sair do Palmeiras e responsabiliza diretoria
A saída de Hernán Barcos do Palmeiras no início de 2013 ainda causa incômodo em parte da torcida alviverde. Só que o próprio atacante, hoje no Cruzeiro, reconhece que a negociação não o deixou confortável na época.
Em entrevista nesta quarta-feira (7) ao canal de TV por assinatura SporTV, Barcos disse que pretendia ficar no Palmeiras, que havia sido rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Segundo ele, a iniciativa de negociá-lo com o Grêmio foi de Paulo Nobre, que assumiu a presidência do clube paulista em janeiro de 2013.
“Terminou o ano de 2012, eu tinha ido para a seleção. Terminei o ano na seleção e decidi ficar no Palmeiras em 2013. Aí estava tudo normal, tranquilo”, contou.
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“Jogamos numa quarta-feira, primeiro ou segundo jogo do Paulistão; depois do jogo, me disseram que teriam que falar na quinta com o Rui Costa (então executivo de futebol do Grêmio). Eu não queria sair, estava bem com o Palmeiras. Eu não queria sair”, acrescentou, indo além.
“Depois, me disseram que eles tinham aceitado a proposta, que vinham atletas do Grêmio. Falaram que era para falar que era comum acordo, bom para mim. No meio da semana, o presidente falou que eu quis sair. Eu fiquei bravo”, completou.
Naquele Campeonato Paulista, o então camisa 9 fez seis jogos pelo time paulista – o último deles, uma vitória por 2 a 0 no Pacaembu sobre o Atlético Sorocaba. Antes de acertar com o Grêmio, marcou três gols na competição.
Segundo Barcos, a justificativa dada pelo Palmeiras para negociá-lo foi o alto salário. “Na época, o presidente foi sincero, disse que não podia pagar meu salário. No Grêmio, no Palmeiras e aqui (no Cruzeiro), nunca tive problema. Ele disse que não podia pagar. Entendi a situação”, explicou, ainda que lamentando o fim da trajetória no Palmeiras.
“Foi bom ter ido ao Grêmio, mas fiquei ruim pela saída do Palmeiras. O combinado é uma coisa e se fala outra coisa. Normalmente é o atleta que se complica nessa hora. Eu, na hora, não quis falar, fiquei quieto por respeito ao Palmeiras - não ao presidente, mas ao Palmeiras, sim. Me xingam até hoje, continuam me xingando”, acrescentou.
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