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Fifa ameaça tirar de Copa do Mundo jogadores de times de superliga europeia

Torneio seria uma alternativa à Liga dos Campeões, mas com participantes fixos - Martin Meissner / AP
Torneio seria uma alternativa à Liga dos Campeões, mas com participantes fixos Imagem: Martin Meissner / AP

Do UOL, em São Paulo

07/11/2018 15h06

Os principais jogadores do futebol mundial podem ficar fora de uma Copa do Mundo caso grandes clubes da Europa decidam levar adiante o projeto de criar uma “superliga europeia”. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (7) pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino.

O projeto foi tornado público na última semana, ao ser descoberto pelo site Football Leaks e divulgado por 15 veículos de mídia da Europa. Segundo o plano inicial, Chelsea, Arsenal, Liverpool, Manchester United, Manchester City, Real Madrid, Barcelona, Bayern de Munique, Milan, Juventus e Paris Saint-Germain pretendem criar uma liga independente para substituir a Liga dos Campeões da Europa. Atlético de Madri, Roma, Inter de Milão, Borussia Dortmund e Olympique de Marselha também seriam convidados.

O projeto, paralelo aos torneios da Uefa, é inspirado nos modelos de ligas norte-americanas, sem acessos ou descensos. Desta forma, garantiria receitas estáveis às equipes participantes.

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Infantino, porém, vê a competição como particular – assim, fora do espectro englobado pela Fifa. “Ou você está dentro ou você está fora”, disse o dirigente na sede da Fifa. “E isso inclui tudo.”

Segundo a agência de notícias Associated Press, “a ruptura com a hierarquia histórica do futebol (...) permitia aos dirigentes banir jogadores de grandes competições, incluindo a Copa do Mundo de 2022 no Qatar”. E a própria Fifa é clara: romper com uma das grandes entidades significa romper também com as demais.

“A ideia é que, se você rompe, você rompe. Você não mantém um pé dentro e um fora”, disse Alasdair Bell, diretor legal da Fifa, também de acordo com a agência. “Mas é claro que os advogados podem debater isso por um bom tempo.”

Segundo Infantino, a iniciativa é parte de um movimento antigo dos clubes em busca de maiores premiações na Liga dos Campeões. “Esta é a história dos últimos 20 anos”, completou, colocando uma possível reformulação do Mundial de Clubes como alternativa à rebelião dos clubes.

O dirigente ainda disse esperar que possíveis mudanças de calendário sejam discutidas apenas na próxima reunião do Conselho da Fifa, em março, na cidade de Miami (EUA). “As pessoas ainda são bastante razoáveis”, afirmou.