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Veron e Riquelme são da seleção brasileira e duelam em Palmeiras x Vasco

Gabriel Veron, do Palmeiras, e Riquelme, do Vasco, se enfrentam nesta quarta - Marta Sanchis/Palmeiras e Rafael Ribeiro/Vasco
Gabriel Veron, do Palmeiras, e Riquelme, do Vasco, se enfrentam nesta quarta Imagem: Marta Sanchis/Palmeiras e Rafael Ribeiro/Vasco

Bruno Braz e Leandro Miranda

Do UOL, no Rio de Janeiro e em São Paulo

07/11/2018 04h00

Você não estará tendo alucinações caso ouça ou leia os nomes de Verón e Riquelme no jogo entre Palmeiras e Vasco pelas quartas de final da Copa do Brasil sub-17. O duelo de "hermanos" nesta quarta-feira (7), de fato, acontecerá na Arena Barueri (SP) a partir das 15h (de Brasília), mas não representará um rejuvenescido retorno aos gramados dos craques argentinos que fizeram história no futebol mundial nas décadas de 1990 e 2000.

Gabriel Veron Fonseca de Souza tem 16 anos, é potiguar e defende o clube paulista. Diferentemente de "La Brujita", que era volante, ele é atacante, tendo sido, inclusive, artilheiro e eleito o melhor do jogador do Mundial sub-17 conquistado pelo Alviverde este ano.

"Meu sobrenome tem a ver com o jogador argentino, sim. Um vizinho da minha família na minha cidade (Assu, no Rio Grande do Norte) sugeriu para minha mãe colocar o nome de Veron, porque gostava dele. O sonho dele era ter um filho com esse nome. A minha mãe gostou da sugestão e colocou. Eu sei que foi um bom jogador, mas na verdade nunca assisti ele jogando", admite o jovem palmeirense.

Riquelme Carvalho Araújo Viana é de Barra Mansa (RJ), tem a mesma idade que seu adversário e até iniciou no futebol na posição do eterno ídolo do Boca Juniors (ARG), mas foi deslocado certa vez para a lateral esquerda por ser o único canhoto da equipe e não saiu mais. O nome de batismo foi uma "pegadinha" de seu pai.

"Meu pai era muito fã do Riquelme. Depois que ele assistiu a um Boca Juniors x River Plate, deu briga no cartório porque ele queria me registrar como Riquelme e minha mãe queria colocar Emanuel, mas ele acabou registrando como Riquelme sem a minha mãe saber (risos)", disse.

Assim como fizeram os xarás argentinos na década de 2000, Gabriel Verón e Riquelme também atuam juntos defendendo o país. A dupla tem sido constantemente convocada para a seleção brasileira sub-17, o que gerou um laço de amizade entre eles.

"Vai ser um duelo bom. O Veron é meu parceiro de seleção brasileira. Já tinha enfrentando ele no ano retrasado no sub-15. Temos uma relação de amizade fora de campo. Ele é um atacante perigoso, veloz, e a nossa equipe tem de estar estruturada e tomar cuidado com ele", destacou Riquelme.

Por ter vencido o jogo de ida por 1 a 0 em São Januário (RJ), o Vasco pode empatar com o Palmeiras para ficar com a vaga na semifinal da Copa do Brasil sub-17.

Xarás argentinos são ídolos mundiais

Riquelme e Verón nos tempos de Villarreal (amarelo) e Inter de Milão (azul e preto) - Denis Doyle/Getty Images - Denis Doyle/Getty Images
Riquelme e Verón nos tempos de Villarreal (amarelo) e Inter de Milão (azul e preto)
Imagem: Denis Doyle/Getty Images

Juan Sebastián Verón e Juan Román Riquelme são ídolos do futebol argentino e considerados craques do futebol mundial.

Verón gravou seu nome no Estudiantes (ARG), onde atualmente é o presidente. Também atuou por oito anos na Europa, passando por clubes como Manchester United, Chelsea, Inter de Milão, Lazio, Parma e Sampdoria. Na seleção, disputou as Copas de 1998, 2002 e 2010.

Riquelme é considerado um dos maiores da história do Boca Juniors (ARG) e também atuou por Barcelona e Villarreal, na Espanha. Pela seleção, disputou a Copa do Mundo de 2006 e foi campeão olímpico em Pequim (CHI), em 2008.