Distração no celular e queda do 3º andar fizeram jogador encerrar carreira

Menos de seis meses após sofrer um grave acidente, o jogador espanhol Pelayo Novo, aos 27 anos, percebeu que sua carreira havia chegado ao fim. Uma queda do terceiro andar de um hotel quando estava concentrado com a delegação do Albacete abreviou seu tempo nos gramados. Mas depois do risco de ficar paraplégico, o agora ex-meio-campista prefere se lembrar da parte boa do futebol.
O acidente de Pelayo Novo aconteceu no dia 31 de março, na concentração do Albacete. Ele estava no telefone, apoiado em um corrimão, quando se distraiu e passou por um vão, caindo três andares.
O relato foi feito por jogadores do Albacete que o acompanhavam e foram os primeiros a acudi-lo e pedir ajuda. “Foi um acidente terrível”, definiu o clube na época, em comunicado oficial.
Pelayo Novo foi levado para o hospital com múltiplas fraturas e sem o movimento das pernas. Ficou 51 dias internado no centro de tratamento intensivo. “No primeiro hospital eu estava pouco consciente da minha situação. Eu não tinha muita informação e às vezes nem queria ter. Eu me iludia e pensava: ‘bom, se a minha perna se recuperar, poderei jogar novamente’”, disse ele à “EFE”.
A ficha só caiu, segundo Novo, quando começou a fase de reabilitação em um hospital especializado no atendimento a paraplégicos. “Nessa fase eu comecei a fazer os exercícios de reabilitação e passei a ser mais exigido, foi quando percebi que o futebol tinha acabado para mim”.
Atualmente, Pelayo Novo já consegue caminhar com a ajuda de muletas, mas segue o trabalho de fisioterapia no hospital. Se o acidente culminou na má notícia sobre o fim de sua carreira, a fase de recuperação lhe deu a convicção que sua passagem pelos gramados só rendeu coisas boas.
“Claro que é difícil assimilar, mas há vida depois de tudo isso. Tenho que valorizar as coisas daqui em diante e é nisso que me apego. Deixei o futebol, mas o deixo vendo seu lado mais amável, porque até pessoas que mal me conheciam foram me visitar. Muitos jogadores e até clubes que nunca defendi me deram apoio”, contou.
“Fico com a certeza que vivi momentos muito felizes no futebol. Aproveitei muito, conquistei acessos, passei por momentos difíceis, mas vou lembrar sempre das coisas bonitas”, completou o espanhol.
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