Dirigentes e nove árbitros são banidos do futebol em julgamento do STJD
Cinco dirigentes e nove árbitros investigados pela Operação Cartola, que denunciou esquemas de corrupção na Paraíba, foram banidos do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em julgamento realizado na última quarta-feira (14), no Rio de Janeiro.
Os dirigentes banidos foram: o ex-vice-presidente de futebol do Botafogo-PB, Breno Morais, o ex-presidente do Campinense, William Simões, o ex-presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol (TJDF-PB), Lionaldo do Santos, o ex-procurador-geral do TJDF-PB, Marinaldo Barros, e o ex-presidente da Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba, (Ceaf-PB), José Renato.
Breno Morais ainda foi punido com uma multa de R$ 90 mil, enquanto José Renato terá de pagar R$ 20 mil. Marinaldo e Lionaldo terão de desembolsar o mesmo valor: R$ 20 mil cada.
Na mesma sessão, julgada pelo Pleno do STJD, outros três dirigentes do Botafogo-PB escaparam do banimento, mas foram condenados a 540 dias de suspensão com multa adicional de R$ 30 mil. São eles: o ex-presidente Zezinho, o ex-vice-presidente Guilherme Novinho e o ex-diretor executivo de futebol Francisco Sales.
Entre os árbitros, três pertenciam ao quadro da CBF: os juízes Éder Caxias e João Bosco Sátiro e o auxiliar José Maria de Lucena Netto. Os outros seis eram da Federação Paraibana de Futebol, (FPF): os juízes Adeilson Carmos Sales, Antônio Carlos da Rocha, Antônio Umbelino e Francisco Santiago (árbitro da FPF), além dos auxiliares Tarcísio José e Josiel Ferreira. Todos eles foram multados em R$ 20 mil e também banidos do esporte.
O julgamento estava programado para o início de outubro, na 3ª Comissão Disciplinar do STJD, mas esta se considerou sem competência para julgar o caso por envolver membros do TJD-PB. Com isso, a sessão foi adiada e passou para o Pleno.
A Operação Cartola foi deflagrada no início do ano pela Polícia Civil da Paraíba e trouxe à tona um esquema de corrupção no futebol paraibano – que incluía a manipulação de resultados. Além do processo no STJD, há em curso uma ação movida pelo Ministério Público. Há duas semanas, o Governo da Paraíba exonerou dois delegados responsáveis pela operação após reportagens acusarem interferências políticas na investigação.
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