Wenger: "no futuro, enquetes nas redes sociais decidirão as substituições"
Sem clube desde que encerrou sua passagem de 22 anos pelo Arsenal, Arsene Wenger já anunciou que só voltará a trabalhar em 2019. Enquanto não volta à beira dos gramados, o francês fez uma previsão inusitada durante entrevista à emissora britânica beIN Sports.
"Já falei isso algumas vezes, podemos imaginar um dono de clube que diz que as redes sociais decidirão quais mudanças devem ser feitas no intervalo", declarou o treinador. "Isso irá se tornar cada vez mais entranhado. Isso irá acontecer. Eu, pessoalmente, não iria aceitar. Eu sou das antigas nesse aspecto. Mas nós estamos indo nesta direção."
"Pense sobre o poder das redes sociais. O que é ainda pior, não é a maioria, a minoria é a mais extrema. É um pouco como o problema da democracia, é uma ditadura das minorias", opinou Wenger. "Não é para mim. Há algo que chamo de intuição. Eu cresci usando meus próprios olhos. Você também pode imaginar muito bem que em 20 anos um robô irá sentar na sua frente", completou, se referindo ao próximo sucessor dos treinadores.
Pelo menos em suas duas últimas três temporadas à frente do Arsenal, o próprio Wenger foi alvo dessa mobilização nas redes sociais. Além de protestos nas arquibancadas, as críticas ao seu trabalho cresceram também nas redes sociais, com campanhas e hashtags.
Em 2016, o francês já havia comentado o poder que as redes sociais dão à opinião das pessoas. À época, em uma entrevista coletiva, ele declarou que essas plataformas "talvez sejam um dos maiores problemas que o futebol irá enfrentar no futuro".
"Antes, sua opinião era mais isolada. Hoje, logo de cara isso se torna uma profusão de pessoas que pensam da mesma maneira e elas se tornam uma força. Talvez seja esta a razão, não sei", comentou.
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