Seleção põe ex-Flamengo e mais dois no radar para renovar defesa
Com a ideia de iniciar a renovação mais firmemente após a Copa América de 2019, a ser disputada em casa, a seleção brasileira mantém uma lista de atletas chamados emergentes para observação. Entre as suas principais preocupações, está a defesa, que tem atualmente Marquinhos, 24 anos, como titular absoluto. Os experientes Miranda e Thiago Silva, ambos 34, dificilmente farão parte do grupo em 2022.
Por isso, o Brasil, que derrotou na última terça Camarões por 1 a 0, tem no seu radar três jovens jogadores que atuam no futebol italiano para a posição: Samir (23 anos), da Udinese; Marlon Santos (23), do Sassuolo; e Luiz Felipe (21), da Lazio.
O trio tem atuado com regularidade nesta temporada e vem sendo monitorado pelo auxiliar Sylvinho, que mora na Itália.
A exemplo do que aconteceu com o volante Jorginho, destaque do Chelsea, os europeus possuem interesse, em especial, em Luiz Felipe, que foi revelado pelo Ituano, no interior de São Paulo, e se mudou ainda novo para o país. Ele já recebeu consulta informal para defendê-los, mas ainda não comunicou a sua decisão.
Ex-Flamengo, Samir atravessa excelente fase na Udinese, virou titular absoluto e teve o seu contrato renovado recentemente até 2023. Mais maduro, tem ocupado o lado esquerdo da defesa, faixa de campo em que Tite conta apenas com Pablo, do Bordeaux, como alternativa a Miranda.
Marlon, por sua vez, surgiu no Fluminense, foi rapidamente vendido ao Barcelona e se destacou em empréstimo ao Nice, da França, na última temporada. Ele acabou negociado em definitivo com o Sassuolo na janela de transferências europeia. Os catalães possuem uma cláusula de recompra.
Além dos três, a comissão técnica acompanha também o futebol de Éder Militão, do Porto, que esteve nas duas primeiras listas pós-Copa do Mundo. Na primeira delas, como lateral, e depois, como defensor.
O ex-são-paulino teve impacto imediato no futebol português e foi eleito o melhor jogador de sua posição logo na chegada, em setembro. Mesmo podendo atuar na lateral direita, Tite prefere vê-lo na zaga.
“Militão veio e foi colocado pelo (Rogério) Ceni como lateral (no São Paulo) em função de também ter bons zagueiros e fazer uma linha de quatro defensiva consistente. E essa grande campanha que ele fez o credenciou a vir (para a seleção). Mas ele é oriundo na base como zagueiro. Nós sabíamos que o Porto o tinha contratado como zagueiro, mas, mesmo assim, nós o trouxemos para estar próximo”, explicou.
“Para mim, ele é zagueiro. Ele tem todas as virtudes de zagueiro. Ou um lateral-base, mas muito defensivo, precisaria de mais virtudes”, completou.
O time comandado por Tite volta a se reunir agora somente em março do ano que vem, com um grupo muito próximo daquele que disputará a Copa América.
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