Campeão mundial no Corinthians se reencontra e tem "melhor ano" no Goiás
O torcedor do Corinthians mais atento já percebeu que o camisa 10 do Goiás tem passado alvinegro. Giovanni Piccolomo, de 24 anos, saiu das divisões de base do clube paulista para vencer o Mundial de Clubes de 2012, mas acabou perdendo espaço e rodando por vários times nos anos seguintes. Nesta temporada, encontrou seu melhor futebol para ser o líder de assistências da Série B do Campeonato Brasileiro e ainda comemorar o acesso à elite.
Giovanni passou por várias peneiras para entrar no Corinthians, além de três categorias de base até virar profissional após a Copinha de 2012. Mas viveu má fase, com vários empréstimos, até se encontrar no Náutico. Em 2018, já sem vínculo com o clube paulista, brilha no Goiás, que na última rodada garantiu acesso à Série A com direito a gol do meia.
"É o melhor ano da minha carreira. É o ano em que mais joguei, tive 53 jogos no ano. Para mim foi 100%, com o título estadual e o acesso conquistado", celebra Giovanni, em entrevista ao UOL Esporte. Ele alcançou regularidade inédita ao ser titular absoluto nesta temporada, com sete gols e 19 assistências - nove destas na Série B, da qual é o principal garçom.
Números muito diferentes dos anos anteriores. Desde o título mundial com o Corinthians, ele havia sido emprestado a Ponte Preta, Portuguesa, São Bento e Atlético-PR, sempre sem muito destaque. Cedido ao Tigres do Brasil-RJ em 2016 para jogar o Campeonato Carioca, Giovanni perdeu as esperanças de ser aproveitado no Parque São Jorge. À época, o elenco do Corinthians tinha os meias Rodriguinho, Marlone e Danilo, enquanto a aposta para o futuro era em Matheus Pereira.
"A situação ficou muito desgastada, porque sair do Atlético-PR para o Tigres, com todo respeito, era complicado. Houve até uma proposta de renovação, mas eu não quis. Estava sendo emprestado apenas para clubes que eles (Corinthians) tinham parceria", lamenta o meio-campista, que há anos buscava novas chances.
"Os empréstimos já tinham começado depois do Paulista de 2013. Tive uma convocação à seleção (sub-20) e, quando voltei, percebi que já não dava mais. Quiseram me emprestar, e eu não concordei na época porque eu poderia ganhar experiência no profissional. Eu era muito jovem, não tive a cabeça muito boa também, mas foi coisa que passou e serviu de aprendizado", reconhece Giovanni.
Após tantas mudanças, a maré começou a virar para o camisa 10 há pouco mais de um ano, quando ele chegou ao Náutico para jogar a Série B. O time pernambucano acabou rebaixado, mas pela primeira vez Giovanni conseguiu ter sequência como titular em um torneio nacional. Neste ano, levantou a taça estadual e contribuiu muito para que o Goiás garantisse vaga no próximo Brasileirão.
O objetivo agora é jogar em uma equipe da elite no ano que vem. "Quero me manter em um clube na Série A, ter um ano excelente, com boa regularidade como foi neste ano. A partir disso, penso sim em seleção, como todos os jogadores. Na Europa também, se for bom para mim e para o clube, mas o foco mesmo é ter regularidade em um clube grande em 2019", mira Giovanni, que diz "pretender ficar" no Goiás, mas tem contrato prestes a expirar e ainda deve definir o futuro nos próximos dias.
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