Caso Daniel: Vídeo mostra interior da casa em que jogador foi espancado
Um vídeo obtido pelo UOL Esporte mostra com detalhes o interior da casa palco do “after party” em comemoração ao aniversário de Allana Brittes, durante o qual o jogador Daniel Corrêa começou a ser espancado. O atleta foi morto na manhã do dia 27 de outubro, há exatamente um mês, em São José dos Pinhais (PR).
O imóvel, situado em um bairro residencial de classe média baixa da cidade, foi alvo de perícia a pedido da Polícia Civil do Paraná. Além de manchas de sangue espalhadas pelas paredes e piso da casa, os peritos identificaram o objeto no qual os suspeitos de participar do homicídio teriam incinerado provas do crime.
“Na varanda do imóvel, mais precisamente sob a janela do quarto, observou-se um recipiente metálico próprio para alimentar animais. O interior deste objeto apresentava sinais recentes de queima, com fuligem e enegrecimento das paredes internas. Cumpre mencionar que os remanescentes desta queima não permitiram ao perito identificar os elementos que ali forma incinerados", afirma o laudo da perícia técnica anexado ao inquérito.
A polícia nunca encontrou os documentos ou celular de Daniel e acredita que eles tenham sido queimados pelos suspeitos do crime. Os peritos foram ao imóvel com o pedido expresso de encontrar o local da queima dos objetos.
Além da prova pericial, a polícia se baseia principalmente no relato de testemunhas para entender o que aconteceu na noite em que o crime aconteceu. Um dos convidados da festa foi a primeira testemunha a revelar o caso à polícia, depois de ter sido ameaçado por Edison Brittes. A reportagem anexou o relato dessa testemunha às imagens da casa da família.
Edison Brittes, conhecido como Juninho, Cristiana, Allana, Ygor King, David Willian e Eduardo da Silva permanecem presos. Juninho confessou ter matado o atleta. Com exceção de Allana, todos os suspeitos devem ser denunciados pelo homicídio do jogador.
Eduardo Purkote, que também estava preso sob suspeita de participar do espancamento, saiu da prisão na tarde da última segunda-feira (26).
A polícia também indiciou Cristiana e Allana por fraude processual, porque elas teriam ajudado a se livrar das provas do crime. A perícia só conseguiu detectar manchas de sangue na casa da família usando o reagente conhecido como luminol, que identifica sangue lavado.
Os peritos também identificaram manchas de sangue removidas no carro da família, o Veloster preto em cujo porta-malas Daniel foi colocado após a sessão de espancamento.
O promotor João Nilton concederá uma entrevista coletiva nesta terça-feira, na qual deve divulgar por quais crimes os suspeitos serão denunciados.
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