Criador de novo escudo do Atlético-PR nega plágio e rebate críticas
Contratado para recriar o escudo - agora chamado de marca - do Atlético-PR, Giovanni Vannucchi se viu no "olho do Furacão" após o anúncio da última terça-feira. A mudança mexeu com a paixão dos torcedores do clube, que logo apontaram a semelhança da logo atleticana com várias outras, como o caso da Honda e de uma imagem usada pela Nike em corridas ao redor do mundo.
Questionado sobre o fato pelo UOL Esporte, o sócio da Oz Estratégia + Design, empresa que foi contratada pelo clube para parte das mudanças, atribuiu à semelhança a uma coincidência.
"Se produzem milhões de imagens hoje em dia ao redor do mundo. Obviamente a gente tomou cuidado, tem todo um processo de criação aqui. Essa é uma das marcas que apresentamos. São marcas minimalistas, tendência de hoje, existe um risco de ter uma coisa parecida com isso. Estou tranquilo, sei todo o processo que desenvolvemos aqui. São marcas parecidas, já vi muito isso, não é a primeira vez. Depois que sair, alguém vai achar na internet algo similar", argumentou, para depois refutar qualquer menção a um possível plágio: "Obviamente não (houve plágio). Teve todo um estudo para chegar nessa marca final. Eu fico até incomodado com a pergunta".
Se a acusação de plágio por alguns torcedores trazem incômodos, as críticas feitas por torcedores descontentes, que invadiram a página da agência no Facebook, parecem não ter sido uma surpresa para Vannucchi.
"A gente já sabia. Quando mexe com futebol, é raro ser unanimidade. Até com marcas de empresa, que envolvem menos paixão, as pessoas demoram para se acostumar com a novidade. Não vai ser só com a marca do Atlético, acontece com a marca de todos os clubes. Na Juventus foi isso, no Barcelona reclamaram para burro. É muito mais fácil as pessoas com raiva se manifestarem nas redes sociais do que quem gostou".
Vannucchi aproveitou para esclarecer que a empresa não foi a responsável pela criação das mascotes, tampouco pela volta do H na grafia do nome do clube, Athletico a partir de 1 de janeiro, em decisão aprovada no conselho. E disse que preparou um manual de recomendações do uso da marca para o clube, que determina as combinações com o contraste monocromático da camisa 1, por exemplo: "A ideia é a marca ter a flexibilidade de ser aplicada em vários formatos. Há um manual feito para o clube".
A Oz realizou pesquisa com 1388 associados do Atlético, que preencheram um formulário online falando sobre a relação que têm com o clube. Os resultados foram usados como base para reformação, disse o designer.
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