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Ex-advogado e 'mecenas' do CT do Flu pintam como favoritos na eleição

Pedro Antonio e Mario Bittencourt são os nomes mais fortes no Flu - Montagem/UOL
Pedro Antonio e Mario Bittencourt são os nomes mais fortes no Flu Imagem: Montagem/UOL

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/12/2018 04h00

Com o anúncio do presidente Pedro Abad de que pretende convocar uma Assembleia Geral que poderá antecipar a eleição no Fluminense, a corrida pelo pleito já tem seus nomes favoritos ao páreo.

Caso não haja nenhuma outra articulação relevante ou pinte alguma alternativa que não esteja posta à mesa no momento, Mario Bittencourt e Pedro Antonio devem duelar pela presidência. 

Apoiado por Celso Barros, ex-presidente da Unimed, e Ricardo Tenório, ex-vice de futebol do clube, Bittencourt, que já foi advogado e vice de futebol do Tricolor, perdeu a última eleição justamente para Abad. 

Já Pedro Antonio nunca concorreu, mas sua candidatura deve ter o apoio do grupo político Unido e Forte, que integrou a atual gestão e saiu no meio do caminho. Há ainda a articulação para que o mecenas do centro de treinamento do Flu receba a 'benção' da corrente ligada aos esportes olímpicos do clube. Ele foi levado ao clube por Peter Siemsen e apoiou Abad em 2016. Em 16 de outubro deste ano, no entanto, ele renunciou ao cargo de conselheiro e afirmou que não seria candidato.

Grupo que ainda detém a maior parte das cadeiras no Conselho, a Flu Sócio, corrente ligada ao atual mandatário, não deve tomar partido de forma aberta, pois há discordâncias com ambos os lados. Questionado se entraria na campanha, o presidente negou e admitiu que seu apoio não seria benéfico a ninguém.

'Seria o 'abraço do urso'. Eu não sou um bom cabo eleitoral, minha imagem está muito depredada. Ficarei à parte, minha participação traria confusão', disse Abad.

Apesar do tom conciliatório, Abad deixou claro que o processo de impeachment deixou marcas. O dirigente reclamou de eventuais falhas durante a condução do caso e, sem citar nomes, descartou estar ao mesmo lado do escolhido por Fernando Leite, presidente do Conselho Deliberativo tricolor. Ao UOL Esporte, ele explicou ainda as suas razões para desconsiderar o caminho da renúncia:

"Não renunciei ao meu cargo porque não vou deixar o clube na mão de quem não tem legitimidade para tal. Ainda mais que essas pessoas foram as que levaram o Fluminense à 3a Divisão".

O desejo do atual mandatário é realizar o quanto antes a consulta aos sócios. Se a maioria aprovar a antecipação, nova eleição será convocada. A ideia é que até março os tricolores voltem às urnas. 

Nesta quinta-feira, o clima ficou bastante pesado nas Laranjeiras. Cerca de 40 torcedores compareceram à sede do clube e protestaram com direito a ameaça a Pedro Abad. Na sessão, a votação que votaria o impeachment do dirigente não atingiu quórum mínimo e foi arquivada.