Atlético-MG rechaça reforços e prioriza dívidas com R$ 31 mi de Emerson
Dos pouco mais de R$ 50 milhões referentes à venda do lateral direito Emerson, o Atlético-MG ficará com cerca de R$ 31 milhões. Mas a diretoria atleticana não pretende sair às compras para fortalecer o plantel. Em situação financeira delicada, a cúpula já avisou que vai priorizar o pagamento das dívidas.
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Presente em Montevidéu, onde acompanhou o empate do Atlético por 2 a 2 contra o Danúbio, na estreia da Libertadores, o presidente Sérgio Sette Câmara, comentou sobre o futuro destino da bolada adquirida com a venda de Emerson ao Barcelona. O mandatário foi sincero e afirmou que nem mesmo Diego Tardelli, muito querido pela torcida, e também desejado pela diretoria, é capaz de fazê-lo desistir de priorizar as dívidas do clube.
"O dinheiro do Emerson, a grande parte, o Atlético vai usar para pagar dívidas, e uma delas é a do Tardelli com o Al-Gharafa. Vamos cumprir o prazo e vamos colocar as contas em dias. Essas dívidas relacionadas à Fifa não podem deixar em aberto, se o clube não honrar com isso pode ser punido e eu não vou deixar acontecer. Se dependesse da minha vontade como torcedor, o Tardelli viria, mas tenho responsabilidade, tenho de cumprir os valores", comentou o presidente, em entrevista à Rádio Super Notícia, se referindo à dívida com o Al-Gharafa, ex-clube do atacante. Em 2013, o Atlético repatriou o jogador, mas não terminou de pagar os pouco mais de cinco milhões de euros, e o time do Qatar foi à Fifa cobrar a dívida.
De acordo com Sette Câmara, a pedida do atacante foi considerada muito alta pela diretoria, o que afasta, pelo menos momentaneamente, as partes. Apenas um auxílio de algum parceiro tornaria mais fácil o retorno do atacante ao Galo.
Dos 12,17 milhões de euros (R$ 51 milhões) que o Barcelona pagará para levar Emerson, o Atlético terá direito a 62,5%, o equivalente a 7,6 milhões de euros (R$ 32 milhões). Em contrato com o clube mineiro, a Ponte Preta, ex-clube do lateral, também teria uma parte deste montante a receber. Em acordo com a diretoria atleticana, a equipe de Campinas vai ficar com R$1,2 milhão, deixando o Galo com pouco mais de R$ 30 milhões.
"Os clubes no futebol têm situação financeira, nós temos duas receitas maiores, a de televisão e a negociação de jogadores. Temos investido nesta segunda situação, jogadores que chegam com situação financeira boa e depois a gente faz a negociação, como aconteceu com o Emerson. Isso nos deixa em uma situação financeira boa. O Atlético não deve um centavo para nenhum jogador. Mas é uma luta mensal", acrescentou.
Emerson sequer entrou em campo em 2019 pelo Atlético. Atualmente, o jogador está com a seleção sub-20 disputando o Sul-Americano da categoria. Assim que terminar a participação brasileira no torneio, o garoto de 20 anos irá para a Europa. Em um primeiro momento, ele será emprestado ao Bétis, também da Espanha. Em Minas Gerais, o veterano Patric, de 29 anos, e o jovem Guga, de 20, disputam a vaga para ocupar o lado direito do Galo.
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