"Migué Bastos", pipoca e futmesa: os protestos curiosos da torcida do SP
O longo período sem títulos e a fase nada fácil têm feito a torcida do São Paulo protestar mais do que gostaria nos últimos anos. O que chama atenção é como o aborrecimento do torcedor tem sido demonstrado de forma ácida e criativa. Recentemente, os são-paulinos escolhem temáticas, sempre com um tom irônico.
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Já teve "Migué Bastos", com direito a um personagem com cerveja na mão para imitar o lateral-esquerdo Michel Bastos, marcha fúnebre e até mesmo "treino tático" na praça Charles Miller. O mais recente, que aconteceu ontem (18), em frente ao CT da Barra Funda, contou até com "futmesa", brincadeira descontraída e famosa entre jogadores.
Relembre alguns protestos curiosos da torcida do São Paulo:
Futmesa
Um dos mais inusitados foi o de ontem (18), que contou com a "futmesa". Irritados com a atual fase tricolor, os torcedores demonstraram indignação com o presidente Leco, Raí, diretor executivo do São Paulo, e Alexandre Pássaro, gerente executivo de futebol, também foram alvos do protesto. Apesar de o elenco do São Paulo estar de folga, dia marcado para a apresentação do técnico Cuca, jogadores também foram xingados pelos torcedores, como Jucilei, Nenê, Bruno Peres e Reinaldo.
Os manifestantes simularam uma partida de futmesa na portaria do local, ironizando a qualidade técnica dos jogadores e o suposto excesso de trabalhos recreativos no dia a dia do clube.
Boi do Piauí
Outro mais recente e que despertou reações diferenciadas foi o "Boi do Piauí". A eliminação antes da fase de grupos da Libertadores fez com que a torcida do São Paulo protestasse na porta do estádio. Entre as palavras de ordem, um canto chamou atenção e chegou a virar trend topic do Twitter no Brasil. "Boi, boi, boi, boi do Piauí, agora eu quero ver pra sair do Morumbi", bradaram os torcedores. A manifestação viralizou em pouco tempo e até mesmo virou piada nas redes sociais.
"Migué Bastos"
Em 2016, a torcida organizada Independente foi a Pacaembu criticar a fase do time. Um dos principais alvos, o meia Michel Bastos, foi representado por um sósia com uma garrafa de cerveja na mão e uma camisa escrito "Migué". Uma faixa xingando o meio-campista e exaltando o uruguaio Lugano também fez parte das críticas ao jogador.
Marcha fúnebre
Já 2018 foi a vez da "marcha fúnebre". Cinco caixões, seis faixas e dezenas de cruzes trouxeram mensagens que contestam pontos importantes da administração do presidente Leco, Carlos Augusto de Barros e Silva. Também a má sequência de resultados do time foi alvo da encenação, com objetos em alusão a "um time morto".
Luis PopCorn?
O atacante já encarou protestos em 2004 e 2002, sempre sendo chamado de Luis Pipoqueiro. O último, após o São Paulo ser eliminado da Copa do Brasil, teve nota oficial da principal organizada.
"Senhor Luis Pipoqueiro Fabiano, mais uma decisão que você pipoca!!!!! Perdeu um gol cara-a-cara, tentou encobrir quem, o Cinegrafista da Grua???? Infelizmente me fez relembrar sua primeira passagem pelo SP", escreveu um dos membros da organizada, que não se identificou. "Não bastava estar em débito com os "velhos" torcedores, agora ele fez os torcedores mais novos sentirem na pele tudo que passamos com o Luis PopCorn. Entenderam agora porque sempre criticamos ele???", dizia o comunicado.
Pipoca no CT
Apenas 15 dias após o time golear o Bangu por 7 a 0, pelo extinto Rio-São Paulo, a equipe tricolor foi derrotada por Palmeiras e Corinthians. Foi o suficiente para 30 torcedores invadirem a arquibancada do CT e estender uma faixa: "Parabéns pipocas. Até quando...". Os manifestantes atiraram pipocas no gramado.
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