Invicto há 4 meses, Patric teve que trocar celular por críticas no Atlético
A torcida do Atlético-MG se queixa de Patric a cada jogo disputado. Levir Culpi o mantém na equipe apesar das críticas, que já chegaram até por meio de telefone ao jogador. Nem as boas atuações recentes de Guga foram convincentes para o técnico fazer uma mudança na lateral direita. O problema é que o titular tem uma qualidade importante para o treinador: os números.
Patric não sabe o que é perder uma partida pelo Galo desde 31 de outubro de 2018. De lá para cá, a equipe conseguiu sete triunfos e dois empates com o camisa 2 em campo. O rendimento com o atleta de 29 anos é de 85,18% desde então.
"No futebol tão competitivo como temos hoje, disputando competições de grande porte e ficar tanto tempo sem perder é algo que me deixa muito orgulhoso. Demonstra que todo o esforço nos treinos e jogos não foram em vão. Mas, busco sempre melhorar e quero aumentar ainda mais essa série sem derrotas para ajudar o Atlético Mineiro na busca do seus objetivos", disse.
Na vitória sobre o Defensor Sporting, do Uruguai, por 2 a 0, o lateral direito deu passe para Juan Cazares estufar a rede. Foi a primeira assistência do atleta em 2019.
As críticas a Patric extrapolaram nos últimos meses. Ele passou a sofrer com ameaças fora das quatro linhas. O antigo número de telefone se tornou público, e o lateral direito passou a receber ameaças da própria torcida.
"Tem algumas coisas que são difíceis de explicar, esses dias mesmo eu tive que trocar o número de celular porque vazou, alguém passou e choveu de mensagens, tem alguns amigos que ainda nem têm meu telefone novo. Tem algumas palavras que não condizem com minha vida, com meu trabalho. Eu vou ter que cada vez mais trabalhar e espero que o torcedor esteja do meu lado. Quando a gente trabalha muito, se dedica muito e vive pelo clube, lógico que esperamos esse respaldo, mas graças a Deus tenho isso da comissão, da diretoria, dos atletas", disse à TV Globo.
Os problemas fizeram Patric recorrer ao tratamento psicológico oferecido pelo Atlético. Acostumado com as vaias, o jogador relate o que precisou fazer.
"Não é tão simples (conviver com as críticas). A gente, dentro de casa, trabalha muito essa parte psicológica. Tem meus companheiros. O Atlético me dá esse respaldo completo. A gente procura, de fato, trabalhar muito. É mais trabalhar essa parte psicológica mesmo, porque acho que o atleta precisa dessa parte psicológica. Eu já tenho tantos anos de Atlético em que convivo, infelizmente, com essas vaias", concluiu.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.