"Vejo sempre". Thiago Heleno relembra gol que deu taça inédita ao Athletico
Diante de mais de 40 mil torcedores presentes na Arena da Baixada, Thiago Heleno deixou o meio de campo em direção à marca da cal com a consciência de que o inédito título da Copa Sul-Americana (2018) poderia ser confirmado com a sua cobrança. O placar das penalidades contra o Junior Barranquilla apontava 3 a 3 e o zagueiro estava prestes a entrar para a história. E entrou. Até hoje, ele não se esquece do momento em que correu para a bola, soltou a bomba e fez a torcida do Athletico Paranaense explodir.
"Eu vejo [o gol de pênalti] sempre. Mas não vejo só o gol. Fico vendo todos os lances desse jogo e de outros. Vejo algumas coisas e, se eu já fiz em outros momentos, posso repetir sempre. Ver aquele estádio todo cheio, na final, foi muito bom. É um jogo para ficar na memória de todos", afirma Thiago Heleno em entrevista ao site oficial do Athletico Paranaense.
"Eu estava muito tranquilo. Bem concentrado mesmo. Quando o Tiago Nunes falou que eu ia bater o último pênalti, para fechar com chave de ouro, estava preparado. Naquele caminho, fui pensando que o nosso time se entregou muito na competição. E, independentemente do que acontecesse, não seriamos fracassados. A luta que tivemos foi muito grande e deixamos o máximo nos jogos. Então, deixei na mão de Deus e deu tudo certo", acrescenta.
O clube paranaense publicou a conversa com Thiago Heleno como uma espécie de comemoração pelos três anos desde a sua estreia com a camisa rubro-negra, que aconteceu em 21 de fevereiro de 2016, em jogo contra o Cascavel, pelo Estadual. E logo em sua primeira competição pelo Athletico, virou titular e peça-chave na conquista do título estadual, marcando, inclusive, um dos gols da vitória por 3 a 0 sobre o Coritiba no primeiro jogo da decisão.
Balançar as redes em decisão, aliás, virou uma especialidade do zagueiro, que chegou ao Athletico após passagens por Palmeiras, Cruzeiro e Corinthians. "Eu nunca me escondi. Não tenho medo de errar e tentar. Procuro sempre ajudar. Joguei com muita gente experiente, que me ajudou. Aqui temos muitos garotos e que chegam nessas decisões jovens. Mas é um peso bom. Nesses momentos, eu pude aparecer bem. E não só aqui. Tive a oportunidade também de fazer gol na final da Copa do Brasil, com o Palmeiras. Então, fico feliz de aparecer nesses momentos. Tento acalmar os mais jovens, porque não podemos errar. Ficar marcado por esses títulos é importante".
Jogo mais marcante da carreira não foi a final da Sul-Americana
Com 131 jogos vestindo a camisa rubro-negra, Thiago Heleno não hesitou em escolher o mais marcante deles. E não foi o da decisão contra o Junior Barranquilla, pela Sul-Americana. Para o zagueiro, a vitória por 1 a 0 contra o San Lorenzo, na Argentina, pela Copa Libertadores 2017, significou algo mais do que especial em sua passagem pelo Athletico.
"Para mim, foi aquele jogo contra o San Lorenzo, na Argentina, na Libertadores de 2017. Me marcou muito. Era uma partida extremamente difícil e diante de um time acostumado com esses jogos. Fizemos o gol cedo e marcamos muito bem, suportando a pressão deles. Fui bem nesse jogo, ganhei a maioria das bolas. Ali, pudemos mostrar que tínhamos força para seguir naquela Libertadores", opina.
Athletico e o cheio calendário em 2019: "toda equipe queria"
Thiago Heleno e o elenco principal do Athletico ainda se preparam para o início oficial da temporada 2019. O time principal entra em campo no dia 5, contra o Deportes Tolima, na Colômbia, pela Libertadores. Além do torneio continental, outras quatro competições estarão em disputa em 2019: Recopa, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Suruga. Algo a ser comemorado, segundo o zagueiro.
"Toda equipe queria esse calendário nosso, cheio e com competições de alto nível. Nosso time tem totais condições de chegar e ganhar. Mantivemos a base e chegaram jogadores experientes, com nível internacional, para nos ajudarem. Então, tem tudo para ser um ano muito bom. Devido ao título do ano assado, a cobrança vai dobrar. Mas isso é melhor para todos nós, porque é sinal que estamos em um nível top. E nós mesmos temos que nos cobrar, para seguir ganhando títulos", completa.
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