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Fla previa venda de Dourado, e "congela" mais de R$ 36 mi para indenizações

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/02/2019 04h00

A venda de Henrique Dourado estava nos planos da administração Rodolfo Landim no Flamengo. Desde que a nova diretoria assumiu o cargo, uma negociação envolvendo o centroavante era bem vista por conta do alto salário, vínculo até dezembro de 2021 e rendimento irregular. A transferência veio, mas a economia gerada ficará "congelada" em um primeiro momento por conta das indenizações aos familiares das vítimas do trágico incêndio no CT Ninho do Urubu.

Comprado pelo chinês Henan Jianye por 6 milhões de dólares - R$ 22,3 milhões -, o Ceifador renderá ao Flamengo de forma imediata cerca de R$ 17 milhões (R$ 16,8 milhões). O Rubro-negro era detentor de 75% dos direitos do atacante. O restante fica com o Mirassol.

Além do montante que entra em caixa pela transferência, o clube da Gávea economizará pelo menos R$ 19,5 milhões, valor que Dourado receberia até o encerramento do contrato em salários, incluindo 13º.

A conta ainda poderia aumentar, já que na ocasião da contratação junto ao Fluminense, uma cláusula garantiria mais um salário ao Ceifador caso, a cada 30 jogos, fosse relacionado em 60% deles, além das demais premiações por vitórias, títulos, etc. O clube da Gávea pagou R$ 15,7 milhões ao Tricolor.

O total do que o Flamengo embolsa e poupa com a transferência é de pelo menos R$ 36,3 milhões. Em um panorama anterior ao incêndio no Ninho do Urubu, o dinheiro seria para repor os elevados gastos com as contratações da temporada e até para investimentos diretos em reforços. No momento, porém, a determinação é segurá-lo, já que o Rubro-negro tem negociação delicada por conta das indenizações que serão pagas aos familiares das vítimas.

Ainda assim, um investimento é comentado nos bastidores e envolve o lateral-direito Rafinha, do alemão Bayern de Munique. As partes já se falaram e o salário de Dourado seria o suficiente para custear os salários do possível novo reforço no futuro. No entanto, nada interessa mais aos dirigentes no momento do que tentar solucionar as indenizações. Neste aspecto, a venda do Ceifador ajudou o departamento de futebol e o comitê de crise chefiado por Rodolfo Landim.