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Grêmio estuda Profut e estatuto na busca por reeleição de Romildo Bolzan

Romildo Bolzan Jr. assumiu o Grêmio no início de 2015 e já foi reeleito uma vez para mandato de três anos - Divulgação/Grêmio
Romildo Bolzan Jr. assumiu o Grêmio no início de 2015 e já foi reeleito uma vez para mandato de três anos Imagem: Divulgação/Grêmio

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

27/02/2019 04h00

Romildo Bolzan Jr. deve continuar à frente do Grêmio por mais três anos. Nas últimas semanas, a articulação política para viabilizar nova reeleição do presidente tomou corpo nos corredores da Arena. Uma aliança entre vários movimentos políticos também deverá ser feita para eleição de renovação de cadeiras no conselho deliberativo.

A reeleição de Bolzan só não é tratada publicamente como fato por conta do estatuto do clube, com texto dúbio e que tem feito conselheiros consultarem advogados. Até aqui, os estudos animam os entusiastas da manutenção da atual diretoria.

O estatuto gremista prevê, em seu artigo 82, que só pode haver uma reeleição no cargo de presidente. A coluna De Primeira já mostrou que existe interpretação favorável à permanência de Bolzan pela redação da peça.

"O Presidente deverá ser Associado do GRÊMIO por mais de 10 (dez) anos, ininterruptos, maior de 28 (vinte e oito) anos, em pleno gozo de seus direitos sociais, e será eleito para um mandato de 3 (três) anos, permitida uma reeleição", diz o estatuto.

A interpretação que ganha força é: uma reeleição após mandato de três anos. Como Romildo Bolzan Jr. está em seu primeiro mandato de três anos, poderá concorrer. O atual presidente foi eleito no final de 2014 para o biênio seguinte e durante sua primeira gestão, o texto que rege o clube foi alterado ampliando o período presidencial.

Bolzan já ouviu apelo de seus pares para aceitar a reeleição, mas ainda não se posicionou definitivamente. Apesar da falta de resposta concreta, existe otimismo entre os conselheiros. "Não alimento, não procuro isso", repete o atual presidente do Grêmio quando questionado sobre o tema.

O Grêmio também analisa as regras do programa de modernização e de responsabilidade fiscal do futebol brasileiro (Profut). No texto, é permitida manutenção de dirigentes por até oito anos - somadas duas reeleições. Nas contas dos articuladores da nova reeleição de Bolzan, o período à frente das funções é mais relevante que o número de reconduções ao cargo.

A eleição do Grêmio ocorre no segundo semestre deste ano. Além da presidência e do Conselho de Administração, órgão formado por seis vice-presidentes, o pleito também irá renovar cadeiras no conselho deliberativo. A disputa por vagas como conselheiro será acirrada e deverá mobilizar diversos movimentos políticos em busca de aliança.