MP pede saída de vice da CBF de Prefeitura por suposto desvio de R$ 28 mi
O Ministério Público de Alagoas pediu o afastamento do vice da CBF Gustavo Dantas Feijó da Prefeitura de Boca da Mata por suposto desvio de R$ 28 milhões dos cofres públicos do município. Além dele, outras 11 pessoas são acusadas de integrar uma organização criminosa.
De acordo com o MP-AL O suposto desvio teria sido realizado com contratação, a partir de licitação fraudada, de serviços que nunca foram prestados. Na primeira petição, foi solicitado ao Poder Judiciário o bloqueio dos bens envolvidos, além do afastamento de Feijó.
O suposto esquema teria acontecido deste 2013. O vice da CBF na Região Nordeste teria se associado a Ricardo Marcel Matos Mendonça, diretor do Instituto da Previdência dos Servidores Públicos do Município de Boca da Mata, para realizar as irregularidades. Matos também era o "dono aparente" do posto de gasolina Auto Posto 20, que na verdade era propriedade real de Feijó.
Ainda segundo o MP-AL, as seguintes pessoas participaram do esquema, além de Feijó e Ricardo Marcel: Suelle Sothania Cintra, esposa de Ricardo Marcel; Edson José Bezerra, Davi de Freitas, Diego de Freitas e Felipe de Omena Feijó, todos estes parentes e pessoas próximas do prefeito.
Ex-secretário de Finanças de Boca da Mata, Antônio Thiago Melo da Rocha também teria participado do suposto desvio milionário de dinheiro dos cofres públicos.
Em petição inicial assinada pelos promotores de Justiça Bruno Baptista, José Carlos Castro e Karla Padilha, o esquema foi descoberto após a análise de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), extratos bancários obtidos mediante quebra de sigilo autorizada pela Justiça e depoimento dos envolvidos e testemunhas.
De acordo com o MP-AL, verificou-se uma movimentação financeira na empresa Ômega Locação e Terceirização Ltda" incompatível com sua capacidade econômica. Após o depósito em grandes quantias à Ômega o dinheiro era transferido por Antônio Thiago para os demais integrantes do suposto esquema.
"Na verdade tudo não passava de um grande simulacro, eis que a empresa contratada não prestava tais serviços aos órgãos públicos municipais, servindo apenas como corredor para saída de dinheiro da prefeitura e sua distribuição para as pessoas escolhidas por Gustavo Feijó, que nunca aparecia pessoalmente no esquema, mas agia em nome de seus prepostos, visando a permitir o locupletamento ilícito dos acusados", dizem os promotores em trecho da petição.
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