Carille elogia Sampaoli, mas diz que trabalho do argentino não é inovador
O técnico Fábio Carille elogiou o trabalho de Jorge Sampaoli, do Santos, adversário do Corinthians no clássico de domingo (10), às 16h (de Brasília), em Itaquera, válido pela décima rodada do Campeonato Paulista. O comandante corintiano ressalta que o sistema de jogo do argentino é pouco utilizado pelos treinadores no futebol mundial, mas ele voltou a dizer que o trabalho de Sampaoli não é uma novidade no Brasil.
Carille não esconde que se incomoda com o excesso de elogios a Sampaoli. Ele acredita que tratar o argentino como inovador no futebol é desrespeitar, por exemplo, o técnico Fernando Diniz, que hoje comanda o Fluminense e que já realizou trabalho semelhante no Audax-SP.
"É um cara (Sampaoli) que fez um excelente trabalho na Universidad do Chile, que o credenciou a comandar o Chile e foi para Copa do Mundo com a Argentina. A escola dele não tem 5% que faz o que ele faz", disse Carille.
"Algumas coisas que acabam incomodando, é que uma boa parte da imprensa fala como inovação, ele tem que ser exaltado, o início dele é brilhante, mas é uma falta de respeito com o Fernando Diniz. Com o que o Diniz fez no Audax, quando tirou o Palmeiras, o Corinthians e jogou melhor que o Santos na final. Ele e o Sampaoli fazem o mesmo trabalho, não é uma inovação", completou.
Jorge Sampaoli costuma atuar no esquema 4-4-2, em formato de losango no meio-campo. Com isso, o argentino aposta em dois atacantes de velocidade e descarta a escalação de um centroavante fixo na área. Carille também não vê novidades nessa estratégia de Sampaoli. Ele disse que o esquema já foi utilizado por ele no Corinthians e por outros técnicos do futebol brasileiro, além de Pep Guardiola no período em que comandou o Barcelona, da Espanha.
"Essa ideia de jogo faz isso, ele traz os jogadores de beirada para dentro pra prender a linha de quatro, normal. São as mesma ideias e filosofia de trabalho do Fernando Diniz para criar superioridade nas pontas e nos meios. A gente tem que estar bem compactado e chegar bem nas infiltrações e quando conseguir roubar a bola ficar atento ao perde e pressiona do Santos que é muito bom porque jogam bastante no campo ofensivo, parecido com o que foi o Barcelona do Guardiola", disse.
"Em alguns momentos ele (Sampaoli) acaba não tendo um 9. Fiz isso em algumas vezes em 2018, por questão de características e peças. Eu lembro que o Palmeiras de 2015, do Oswaldo de Oliveira fazia isso e venceu nos pênaltis o Corinthians na Arena. São situações interessantes. Ele olha muito o adversário, mas não sei o que pensa de nós. São formas de jogar, algumas mudanças dele são parecidas com as nossas", completou.
No dia 13 de janeiro, Corinthians e Santos se enfrentaram na Arena Corinthians durante a pré-temporada. O jogo acabou empatado em 1 a 1 e apesar de não ter contado como um jogo oficial, o técnico Fábio Carille acredita que a partida servirá de parâmetro ao elenco corintiano para saber o que esperar da equipe dirigida por Sampaoli.
"Naquele dia, o Sampaoli colocou o time dele dentro do campo ofensivo. Vão mudar algumas peças tanto aqui quanto lá. Era um time que ainda contava com o Bruno Henrique, era o cara do um contra um. É uma linha que ofensiva que está treinada, mas serve como referência sim. Naquele jogo nós treinamos muito o sistema defensivo e acabamos tomando um gol de bola parada, mas vale como referência para o clássico de domingo", declarou.
O Corinthians não contará com Gustagol, preservado por conta de dores no joelho esquerdo, e deve encarar o Santos com a seguinte formação: Cássio; Fagner, Manoel, Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Júnior Urso e Sornoza; Pedrinho, Clayson (Ramiro) e Boselli (Vagner Love).
O Timão lidera o grupo C do Estadual com 14 pontos, um acima da Ferroviária e quatro sobre o Bragantino. Desta forma, uma vitória no clássico pode garantir a classificação antecipada às quartas de final caso a equipe de Bragança Paulista não vença na rodada.
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