Primo de Love brilha na Espanha e mira "dupla do amor" no Corinthians
A responsabilidade pelos gols está embutida no "sobrenome". Mas Rodrigo Love, primo do atacante que leva no nome o mesmo apelido de Vágner, parente que veste a camisa no Corinthians.
Ainda longe de muita badalação, o jovem de 22 anos defende a camisa do pequeno Moraña, da 4ª Divisão da Espanha, contudo, está seguindo a linhagem da família. Com 20 gols em 16 jogos, Rodrigo conduz o time na luta pelo acesso (o time é vice-líder) e está a apenas uma bola na rede de liderar a tabela de artilheiros.
Na pequena cidade da região da Galícia, o carioca de Bangu admitiu ter uma queda pelas cores do Flamengo, mas revelou que o sonho é mesmo atuar ao lado do parente famoso com a camisa do Timão.
"O Flamengo é um time que eu gosto muito, mas o Corinthians ganhou um espaço muito grande no meu coração. Faríamos uma dupla muito interessante, seria a dupla do amor", disse ele ao UOL Esporte.
Se a realidade ainda está distante de São Paulo, Rodrigo diz que as aulas intensivas com o "primo-professor" são frequentes. No último fim de semana, o atacante do Moraña marcou três vezes contra o Lama SD, sendo que um deles foi de bicicleta. Esse foi o terceiro hat-trick do brasileiro no ano, o que tem mexido em sua rotina na pequena cidade de 5 mil habitantes.
"Estou aqui desde agosto do ano passado, é um povo muito acolhedor. Sou de Bangu (um dos bairros mais quentes do Rio), então sofri um pouco com o frio no início, mas agora estou totalmente adaptado. O pessoal me chama de fenômeno na rua, para para conversar no supermercado, academia e pede para tirar fotos", festejou Love.
O bom momento na Espanha chega após muitas tentativas pelo Brasil e mundo afora. Cria do futsal do Bangu, o jogador passou pelas bases de Nova Iguaçu, Fluminense, Audax, XV de Piracicaba e Casas da Noruega, projeto social que lhe deu a chance de atuar em um time amador no país da Escandinávia.
Rodrigo diz que ser primo do ídolo corintiano traz pressão adicional, mas que o orgulho supera esse peso extra por ter de ser o herdeiro do centroavante que já defendeu a seleção brasileira. A comparação já vem de muito longe:
"Já me apelidaram de Love assim que descobriram que eu era primo do Vágner, isso no tempo de futsal ainda. Tem de manter a tradição da família, não é?".
No próximo domingo, Rodrigo entra em campo para encarar o Caldas e seguir justificando a fama que vem quase de berço. A responsabilidade de carregar consigo o DNA de artilheiro só será vencida com bolas na rede.
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