Pressão por contratação de Pato aumenta no São Paulo após clássico
Além de agravar a crise, a derrota de ontem para o Palmeiras, na 11ª rodada do Campeonato Paulista, teve outro efeito para o São Paulo. A pressão pelo retorno de Alexandre Pato ao clube se intensificou. De torcedores e conselheiros para a diretoria, e da diretoria para a comissão técnica, que inicialmente não considerava o atacante para a reformulação que pretende fazer no elenco.
O Tricolor tem recursos financeiros limitados e Cuca entende que precisa de mais peças para mudar o perfil do grupo. O investimento mensal em Pato seria alto, mesmo estando livre no mercado, e dificultaria que outras peças fossem contratadas. Há necessidade de pelo menos um segundo volante. Peças de reposição para a zaga, para a lateral direita e para a armação também são avaliadas.
A pressão sobre a diretoria passa por viabilizar mais dinheiro para contratações e permitir que Cuca tenha Pato e também os jogadores que deseja para as outras posições. Para isso, seria necessário encontrar novas fontes de renda. Vender jovens promessas é outra possível solução, mas que é mal vista por conselheiros e pela torcida, pelo histórico recente de saídas precoces.
O departamento de futebol conversa desde ontem com a comissão técnica sobre a situação de Pato. Foi explicada a importância do atacante como peça que pode decidir em campo e também como mais um ponto de confiança para os torcedores, que no clássico contra o Palmeiras viram Hernanes se destacando muitas vezes sozinho e ainda sair com lesão muscular.
O plano de reduzir a folha salarial para permitir novas contratações já estava em andamento antes mesmo da liberação de Pato e terá de ser intensificado se o São Paulo decidir por repatriá-lo. Até agora saíram Diego Souza, que tinha salário alto, e Araruna, de vencimentos mais modestos. Nenê é outro que pode sair até o meio do ano, bem como Bruno Peres. Jucilei é outro atleta considerado caro e que tem sido reserva, mas que ainda pode ter espaço como zagueiro com Cuca.
A volta de Pato é defendida por cartolas do Morumbi e até pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, que já perdeu a chance de concretizar esse retorno há quase três anos. Na época, o atacante estava deixando o Corinthians e havia aceitado reduzir os salários para fechar com o São Paulo.
As negociações eram conduzidas pelo então diretor-executivo de futebol Gustavo Oliveira. O dirigente tentava baixar ainda mais os vencimentos de Pato para não desequilibrar as contas, mas esperava que o departamento financeiro liberasse mais verba para o negócio. Pato recebeu uma nova oferta, do Villarreal, e decidiu ir para o time espanhol diante da hesitação dos tricolores.
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