Conselho do Palmeiras "tira" COF da oposição e dá nova vitória a Galiotte
Uma reunião do Conselho Deliberativo (CD) do Palmeiras na noite de hoje representou mais uma vitória do presidente Maurício Galiotte sobre seus opositores. A situação elegeu nove dos 15 conselheiros titulares do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), contra seis da oposição, e desta forma ganhou terreno em um órgão de grande importância no clube.
Além dos 15 membros eleitos, a votação escolheu sete suplentes. Os membros eleitos hoje passam a compor o COF junto aos chamados "membros natos", que são os ex-presidentes do clube.
O grupo político de Galiotte já controlava a diretoria executiva, com cargos de presidente e vices; tem a maioria do Conselho Deliberativo e também a presidência deste órgão. Agora também tem vantagem no COF, que até então tinha maioria oposicionista e vinha sendo uma pedra no sapato de Galiotte por ver ressalvas na atualização do contrato com a patrocinadora Crefisa.
A disputa entre Maurício Galiotte e o COF ganhou corpo no primeiro semestre do ano passado, quando o órgão rejeitou as contas do clube nos balanços de janeiro até maio. Em agosto, em uma manobra bastante criticada pela oposição, o presidente levou o assunto ao Conselho Deliberativo e lá, de maioria situacionista, conseguiu a aprovação dos aditivos de contrato com a Crefisa.
Este é justamente o principal ponto de atrito entre o Conselho de Orientação e Fiscalização e pessoas da situação. São R$ 120 milhões gastos nas contratações de Luan, Fabiano, Bruno Henrique, Guerra, Thiago Santos, Borja, Deyverson, Dudu e Lucas Lima que eram originalmente considerados como patrocínio e, após aditivos no contrato, viraram empréstimo - ou seja, o clube terá que devolver a quantia à empresa. O órgão argumenta que não foi consultado sobre a herança desta dívida, que pode ser prejudicial ao clube no longo prazo.
Paralelamente, o COF tem sido um dos alvos de uma investigação interna no Palmeiras. O Conselho Deliberativo planeja abrir uma sindicância por suspeitar que haja vazamento de documentos internos, como o de comissões pagas para a contratação de atletas e outros comprovantes de movimentações financeiras. A diretoria quer saber quem forneceu os dados e suspeita que o Conselho de Orientação e Fiscalização possa ter tido motivações políticas e para vazar tais informações.
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