Associação quer investigar voos da negociação de Emiliano Sala, diz TV
A Air Charter Association (Baca), entidade que representa companhias de voos fretados no Reino Unido, quer uma investigação a respeito de uma série de viagens aéreas que teriam ocasionado - direta ou indiretamente - o acidente que vitimou, em janeiro, o atacante argentino Emiliano Sala. O piloto David Ibbotson não foi encontrado.
Segundo a rede de TV britânica BBC, a entidade questiona os sete voos organizados por empresários do futebol para a negociação de Sala, que havia se transferido do Nantes para o Cardiff City no começo de 2019. A ideia é que as viagens sejam investigadas pela autoridade de aviação civil do Reino Unido, a CAA.
Desde o começo de dezembro, diversas viagens foram realizadas entre País de Gales e França pelas partes envolvidas na negociação. O empresário Willie McKay, um dos envolvidos na transferência, afirmou que os voos foram organizados e pagos por ele e por sua família.
Entre os passageiros de viagens anteriores, estavam o técnico do Cardiff, Neil Warnock, e outros integrantes da comissão técnica. O próprio McKay já embarcou nos voos em determinadas vezes.
Também segundo a BBC, diferentes pilotos realizaram os voos por diferentes companhias durante as conversas entre as partes envolvidas. "Apuramos que tudo foi registrado nos planos de voo como 'aviação geral' - ou seja, voos privados, em vez de comerciais - e que nenhum voou com um Certificado de Operador Aéreo (AOC)", diz o site da emissora.
O AOC é uma licença que empresas aéreas conseguem junto à CAA para voos fretados, atendendo a pré-requisitos de segurança, manutenção, treinamentos e operações de solo. Sem o documento, a Baca impõe rígidas restrições ao transporte aéreo. Ainda segundo a BBC, alguns dos voos estariam documentados como não-comerciais, com aeronaves registradas nos Estados Unidos.
Desta forma, a Baca entende haver questões suficientes sem respostas a respeito dos voos da negociação de Sala para requerer uma investigação juntos à CAA. "Fizemos nossas pesquisas nestes voos. Identificamos em qual aeronave eles estavam e quais rotas eles voaram, e isso nos deu uma significativa preocupação", disse Dave Edwards, diretor-executivo da Baca. "Foi o suficiente para que nós sentíssemos que as autoridades precisavam olhar com atenção para isto, de forma a assegurar que todos estão mantendo os interesses das viagens públicas à frente de suas mentes."
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