Com metade do valor, Santos trabalha em várias frentes para quitar salários
A diretoria do Santos está trabalhando em várias frentes para quitar os salários atrasados dos jogadores. O Peixe tem em caixa metade do valor que precisa, que fica entre R$ 4 e 5 milhões - sem contar com os direitos de imagem. A cúpula do clube prefere não dar uma previsão de quando irá acertar os atrasados e se limita a dizer "o quanto antes".
Segundo membros da diretoria, uma das coisas que atrapalhou o pagamento foi a viagem do presidente José Carlos Peres ao exterior. O mandatário preza por pagar os vencimentos em dia e, quando a data se aproxima sem que o Santos tenha o valor em caixa, Peres costuma "dar um jeito" estudando de onde o dinheiro pode vir ou adiantando receitas, tanto que desde que assumiu o Peixe os salários em carteira atrasaram poucas vezes segundo o zagueiro Luiz Felipe.
"Desde quando eu cheguei, atrasou poucas vezes. Do ano passado para cá, não me recordo. Esse mês atrasou alguns dias, teve feriado, a princípio falaram que era até sexta, depois teve imprevisto. Não é problema, atrasar alguns dias é normal", disse o defensor em entrevista coletiva ontem, minimizando a situação.
A viagem, no entanto, teve tudo pago a convite do governo chinês e de investidores onde o presidente busca patrocínios para o sonhado retrofit da Vila Belmiro e a construção do novo CT do Santos.
Assim, sem Peres, a diretoria santista trabalha em várias frentes para pagar os atrasados o quanto antes. Entre elas estão o adiantamento de receitas de premiação com a Federação Paulista de Futebol e o do dinheiro das vendas de Rodrygo, ao Real Madrid, e Bruno Henrique, ao Flamengo, as quais o Peixe negocia com quatro fundos de investimento e um banco.
Outros recebíveis que a diretoria acredita que podem ajudar na equação são de bilheteria, mensalidades do programa de sócios e dívida da Redegol com o clube - o que ainda está sendo cobrado na justiça.
Valores atrasados de jogadores que o Santos emprestou nos últimos anos também estão sendo levantados e cobrados, bem como pequenas quantias as quais o Peixe tem direito pela venda de jogadores que passaram pelas categorias de base. O bloqueio judicial de valores oriundos do exterior pelo escritório de advocacia Bonassa Bucker também atrapalha o clube, que não acreditava que a quantia ficaria retida por tanto tempo.
O adiantamento de receitas de patrocinadores também é uma frente na qual o Santos trabalha, além da busca por um patrocinador master. Mesmo com metade do valor em caixa, o Peixe só irá pagar o elenco quando tiver a totalidade para arcar com os atrasados de todos os atletas.
Perto da reta final do Campeonato Paulista, a diretoria santista não acredita em queda de rendimento dos atletas por causa dos salários atrasados. O técnico Jorge Sampaoli, em solidariedade ao elenco, pensa em devolver seu salário, que está em dia, até que os atrasados de todos sejam acertados.
Sem o executivo Renato, afastado por problemas pessoais, o gerente de futebol Gabriel Andreata é quem trata da situação com as lideranças do elenco: Victor Ferraz e Vanderlei. O treinador também pretende ter uma conversa com todos os atletas para se posicionar sobre a situação.
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