Atual gestão diz que recebeu Arena da Amazônia em "estado de abandono"
Em Manaus, o legado da Copa do Mundo de 2014 tem alto custo. Segundo a atual gestão, que assumiu em janeiro deste ano, a Arena da Amazônia começou 2019 em "estado de abandono" e com despesas avaliadas em R$ 1 milhão por mês.
A afirmação foi feita pela Sejel (Secretaria de Estado de Esporte, Juventude e Lazer) em nota enviada ao UOL Esporte hoje (21). A alegação é de que o custo mensal costumava ser de R$ 750 mil, mas o estado "delapidado" do estádio teria feito o valor subir para R$ 1 milhão.
"O valor nesse início de ano tem sido mais alto do que o previsto por conta das reformas, consertos, substituições, limpezas", prosseguiu o comunicado. Além de uma dívida de R$ 3,5 milhões, contraída junto a uma empresa de conservação ainda em 2017, há também despesas relacionadas às obras de reparo e reposição de materiais danificados.
O atual governador Wilson Lima (PSC) recebeu o cargo de Amazonino Armando Mendes (PDT), que o ocupou de outubro de 2017 a 1º de janeiro de 2019. A nova gestão alega que a arrecadação do estádio é "alta, mas insuficiente".
Segundo a Sejel, apenas R$ 583 mil foram obtidos em todo o ano de 2018 - valor que não cobriria um único mês de gastos com manutenção. Por outro lado, a Secretaria também afirma que a privatização da Arena não é cogitada pelo Governo do Amazonas.
Vale destacar que o estádio foi inaugurado em março de 2014 durante gestão de Omar Aziz (PSD), que renunciou no mês seguinte para disputar uma vaga no Senado. O vice José Melo (PROS) assumiu o posto e foi reeleito no mesmo ano, mas teve a chapa cassada após denúncia de compra de votos.
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