Só Jesus salva! Ressurreição de atacante alivia Tite pré-Copa América
Depois de uma Copa do Mundo repleta de críticas e sem nenhum gol, Gabriel Jesus renasceu na seleção brasileira. E justamente em um momento de aflição para Tite. Após o melancólico empate com o Panamá no último sábado, o treinador passou a ser bombardeado com questionamentos sobre seu trabalho e até sobre seu modo de falar. Pancadas que ficariam ainda maiores em caso de novo tropeço ontem, contra a República Tcheca.
Foi aí que Jesus apareceu. Chamado por Tite para entrar no lugar de Philippe Coutinho, o camisa 9 marcou os dois gols que ajudaram o Brasil a virar o jogo e vencer por 3 a 1. Gols típicos de um centroavante oportunista e eficiente, como os que aconteciam em seu início pela seleção. Há quase três anos, era Tite quem dava as primeiras chances a Jesus. E era Jesus quem salvava o Brasil de um péssimo começo nas Eliminatórias para depois ser a primeira equipe classificada para o Mundial na Rússia.
Jesus e Tite trocaram a badalação pela confiança após a Copa de 2018. Mas seguem juntos em busca de um recomeço, lento e gradativo. O atacante encara a reserva no Manchester City - e ainda assim tem 17 gols na temporada europeia. E o técnico precisa acelerar um processo de reformulação da seleção às vésperas da Copa América no Brasil.
Muito feliz de poder representar meu país, vestir a camisa que tanto sonhei. Estar aqui nesse grupo fantástico, ambiente muito bom. Sou abençoado de poder fazer parte, vestir a camisa da seleção, e jogar.
Gabriel Jesus, ao SporTV
Firmino abriu caminho para a noite dos centroavantes
Muitas das críticas direcionadas a Jesus e Tite durante a Copa da Rússia passavam pelo fato de Roberto Firmino viver grande fase pelo Liverpool, da Inglaterra. O atacante continua em alta no clube inglês e, enfim, conquistou status de titular na seleção brasileira. Ontem, contra a República Tcheca, foi essencial para a virada canarinho. Sua disposição para brigar por bola praticamente perdida gerou o gol de empate do Brasil e muitos elogios nas redes sociais.
Outro atacante também vira queridinho da torcida
O atacante do Ajax, da Holanda, não havia sido nem sequer incluído na primeira lista de Tite para os amistosos deste mês. Curiosamente, teve uma das melhores atuações da carreira no mesmo dia em que Vinícius Júnior se machucou e abriu uma vaga na seleção para encarar Panamá e República Tcheca. Após não ser utilizado no empate de sábado, Neres ganhou uma chance no segundo tempo contra os tchecos e rapidamente caiu nas graças dos torcedores.
Quem não o conhecia se empolgou com os toques rápidos e as ultrapassagens que renderam uma assistência para Gabriel Jesus e lindo passe de calcanhar no terceiro gol brasileiro, também de Jesus. Quem já era fã da revelação do São Paulo - e ironizava Tite dizendo que Neres era holandês - ficou ainda mais feliz com o rendimento do jogador de apenas 22 anos e que neste ano já eliminou até o Real Madrid na Liga dos Campões da Europa.
Foi uma honra e uma alegria muito grande entrar em campo com a camisa da Seleção Brasileira. Fico feliz pelo desempenho e por ter ajudado o time a virar o jogo e com isso, demos tranquilidade ao grupo para conseguirmos vencer.
David Neres
Vocabulário de Tite ainda rende críticas, mas o "titês" apareceu em campo
Nos últimos dias, Tite viu um levante de torcedores e jornalistas contra sua forma de falar. Termos rebuscados e teóricos sobre o futebol apareceram em suas entrevistas e geraram incômodo. Mas em campo, duas das expressões que mais viralizaram acabaram dando as caras em campo. As "sinapses" foram exemplificadas pela movimentação entre Firmino e Jesus juntos no ataque. Já Everton e David Neres colocaram fogo no jogo e foram os "externos desequilibrantes" que Tite sonhava.
A crítica é de cada um, é da qualidade de cada um, do nível. E tenho uma atividade exposta, que eu tenho que saber absorver. Estou exposto sem nenhum problema. Sem nenhuma pedra. Eu respeito. Sem hipocrisia.
Tite
Coutinho esboça reação com dribles e "quase golaço"
Tite também tem sido criticado pelo que a seleção brasileira apresenta em campo. Um dos fatores é a permanência de Philippe Coutinho no time titular mesmo em uma temporada ruim do meia pelo Barcelona. Ora como ponta, ora como armador, Coutinho foi titular nos dois amistosos de março. Depois de ir mal diante do Panamá, até conseguiu melhorar contra a República Tcheca, com bons dribles e até um belo chute de fora da área defendido pelo goleiro. Mas isso é suficiente para uma cadeira cativa no time canarinho?
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